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Março 2013
PAINT & PINTURA
Formulando tintas em pó foscas “one
shot” do tipo híbridas, melhorando a
performance para aplicações exteriores
Artigo Técnico
A
Por André Luiz de Oliveira, supervisor de desenvolvimento de
mercado & assistência técnica - Coatings da Reichhold
utilização dos recobri-
mentos em pó tem sido
considerada, por mui-
tos anos, uma das
maiores evoluções
tecnológicas no
mercado de tintas e vernizes, princi-
palmente devido ao seu alto grau de
rendimento na aplicação e pelo nível
de emissão de voláteis, praticamente
zero. No entanto, não deixa de ser
uma tecnologia nova e que cada vez
mais se diversifica nos tipos de aca-
bamentos e aplicações em que pode
ser utilizada.
Os recobrimentos em pó têm apre-
sentado vários desafios ao longo dos
anos, como a obtenção de sistemas
com acabamento foscos que atinjam
os níveis mais baixos de brilho, e, em
alguns casos, com alta durabilidade
em aplicações exteriores.
Existem várias maneiras de se obter
fosqueamento de uma tinta em pó,
como:
- Elevado PVC (concentração volumé-
trica de pigmento), no entanto, pode
reduzir a conduvitidade causando
irregularidades no filme.
- Uso de ceras hidrocarbônicas e flu-
orcarbônicas (mas estes componentes
podem ocasionar problemas, como
baixa resistência química, falta de
aderência, entre outros).
Além disso, o brilho alcançado com a
utilização dos métodos acima geral-
mente não é menor do que 40 u.b. no
ângulo de 60°.
Neste trabalho técnico será apresen-
tada mais de uma maneira de se obter
sistemas foscos de forma eficiente e
reprodutiva, que além do baixo brilho,
também podem apresentar elevada
durabilidade ao exterior.
Sistemas foscos one shot:
Sistema - Resina Poliéster -
Resina/Aditivo Acrílica
Os polímeros acrílicos que podem ser
utilizados nos sistemas foscos como
agentes fosqueantes para sistemas
poliéster são à base do monômero
acrílico glicídil metacrilato (GMA),
promovendo também melhorias na
resistência às intempéries.
Algumas vantagens do uso dos agen-
tes fosqueantes à base de resinas
acrílicas para tintas em pó são:
•Elevada reatividade, com possibili-
dade de menor tempo ou temperatura
de cura.
•Possuem melhores propriedades de
resistência às intempéries em relação
à maioria das resinas poliésteres.
•Maior facilidade de controle da fun-
cionalidade do que os poliésteres, ex:
grupos reativos podem ser posiciona-
dos ao longo da cadeia dos polímeros,
criando a possibilidade de polímeros
de alta funcionalidade.
•Maior facilidade de controle durante
manufatura da resina.
•Pode ser compatível com a maioria
das resinas poliésteres.
A reatividade e a compatibilidade do
agente de cura acrílico podem ser
estruturadas de forma a otimizar o
brilho e a cura de sistemas de resinas
poliésteres.
Sistema monofuncional: resina
poliéster carboxilada reagindo
com resina epóxi e resina
acrílica
Este sistema é assim chamado pois se
baseia em uma resina poliéster com
excesso de uma determinada função
orgânica, neste caso os radicais fun-
cionais em excesso são as carboxilas
(HOOC – R – COOH).
Controlando brilho, variando a
proporção acrílico/epóxi.