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Agosto 2013
PAINT & PINTURA
Cristine Lopes Camargo, gerente técnica comercial
de tintas da Colormix
Silvia Ferreira de Gouveia, gerente técnica e comercial da ColorNet
vêm crescendo. “No Brasil, já existe re-
gulamentação da Abrafati para tintas
decorativas que impede o uso destes
pigmentos. Em tintas industriais, espe-
cialmente nas tintas do tipo marine e
protective, já está em vigor a norma da
Petrobras, que tambémelimina a possi-
bilidade de tintas à base de pigmentos
de chumbo. Ainda existem segmentos
de tintas industriais que utilizam estes
pigmentos, mas a cada dia nota-se
crescente busca por alternativas ‘lead
free’”, explica José Marcos Qualiotto,
gerente de serviços técnico para Amé-
rica do Sul de dispersões e pigmentos
para tintas da BASF.
Para Alice, da Braschemical, apesar
da tendência de controle de metais
pesados dos pigmentos conforme
normas internacionais e nacionais
ser uma realidade hoje em dia, ainda
existem muitos produtos comerciali-
zados no Brasil sem regulamentação.
“Sem dúvida o maior desafio está no
desenvolvimento de produtos cada
vez menos agressivos, com custos mais
competitivos e que atendam requisitos
técnicos cada vez mais específicos em
função de um mercado com muitos
avanços na tecnologia. A DCC atua
fortemente no processo de pesquisa
e desenvolvimento sempre visando
apresentar soluções técnicas para seus
clientes com produtos que atendem a
normas de qualidade e de controle dos
aspectos ambientais; não se atenta
apenas ao critério de análise de metais
pesados.”
Na Europa e Estados Unidos a exi-
gência para extinção ou limitação
rigorosa de metais críticos tem levado
os produtores de pigmentos a desenvol-
verem alternativas que se enquadrem
mais adequadamente a essas legisla-
ções e regulamentações. “No Brasil, o
impacto do acréscimo em custo tem
prolongado a substituição de metais
críticos, mas é evidente a preocupação
e envolvimento dos produtores de tin-
tas em buscar estas alternativas, com
produtos que justifiquem a diferença
de custo, com vantagens significativas,
por meio de avaliações de custo bene-
fício, contatando os fornecedores de
pigmentos para auxiliá-los nestes es-
tudos. Vários clientes da ColorNet já se
anteciparam e seguem legislações mais
rígidas internacionais, substituindo
pigmentos com metais pesados por
pigmentos atóxicos, mesmo que isso
represente um aumento de custo”,
revela Silvia, da ColorNet.
Cada vez mais diversos mercados vêm
exigindo um controle rígido do conte-
údo de metais pesados dos pigmentos
orgânicos. “No mercado de tintas de
impressão, por exemplo, a Anvisa pos-
sui a resolução RDC/52, que trata das
quantidades máximas de
metais pesados, aminas
primárias e PCBs per-
mitidas nos pigmentos
orgânicos que serão uti-
lizados em embalagens
alimentícias. Grandes
empresas, como Sony e
Nike, possuem suas pró-
prias regulamentações
e já exigem que seus
fornecedores no Brasil
atendam critérios extremamente rígi-
dos em termos de metais pesados nas
tintas de seus produtos”, conta André
Cabral Martins, gerente geral da True
Color Pigmentos e Corantes.
Mundialmente já existem várias regu-
lamentações sobre o tema, porém ob-
servamos que finalmente muito dessas
regulamentações estão chegando ao
Brasil. “A True Color, junto com seus
parceiros Schlenk e TrustChem, desde
2010, está preparada para atender to-
das essas exigências na grandemaioria
dos produtos comercializados. Atual-
mente, a cada três meses enviamos
amostras de pigmentos para serem
avaliados por um laboratório europeu
conforme norma da AP(89), que serve
de base para as resoluções da Anvisa”,
afirma Martins.
Enfim, a tendência, realmente, é o
banimento do uso de pigmentos à base
de chumbo em tintas. Na Europa e nos
Estados Unidos, basicamente, já existe
total restrição a este tipo de pigmento.
“Hoje, na região da América Latina há