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Agosto 2013
PAINT & PINTURA
der mais para oferecer maior contri-
buição para as formulações de tintas”,
informa Rocha, da Imerys.
Um dos principais avanços está na
obtenção de produtos mais finos
que dispensem a moagem nas tintas,
produtos com tratamento superfi-
cial, nesses dois aspectos, visando
eliminar o processo de dispersão. “Da
mesma forma, esses dois aspectos
aliados a um maior foco em alvura
contribuem para se buscar maior
opacidade e sinergia dos pigmentos
e minerais. É a famosa busca pelo
extender e comportamento reológi-
co estável. Um só produto mineral
não atende essas demandas, mas a
composição de alguns minerais com
alto desenvolvimento tecnológico em
tratamento superficial, alvura e dis-
persão tem proporcionado resultados
inimagináveis há alguns anos. Esse
é o desafio dos minerais em tintas”,
explica Bartholi, da Minérios Ouro
Branco.
Ainda na opinião de Bartholi, a nano-
tecnologia tem sido falada como um
mantra no mercado de minerais. “Ela
está mais próxima, mas ainda enfren-
ta a dificuldade dos custos produtivos
em alta escala. O valor agregado dos
minerais enfrenta enorme dificulda-
de de absorção e repasse dessa tec-
nologia aos preços finais de venda. O
mercado de tintas necessita, mas ain-
da sofre para equacionar junto aos
produtores um balanço entre custo e
necessidade. A nanotecnologia como
um paralelo está como os produtos
micronizados no começo dos anos
80. Uma novidade, mas ainda cara.
Por outro lado, a tecnologia atual é
muito maior que há 30 anos, o que
nos permite imaginar que o desenvol-
vimento de produto nano será mais
rápido que dos micronizados. Até
porque os nanos carregam toda ex-
periência adquirida dos micronizados,
queimando uma importante etapa de
desenvolvimento.”
Hoje, as cargas minerais são utili-
zadas não somente para redução de
custos de produção e substituição do
TiO2. Há estudos que comprovam sua
funcionalidade na formulação, me-
lhorando as propriedades químicas e
físicas do produto final. “Tratamentos
superficiais feitos em cargas, como
o uso de ácido esteárico, adsorção
de aditivos à base de silicatos e a
própria micronização, são avanços
tecnológicos que foram atribuídos às
cargas, melhorando seu desempenho.
Estamos sempre desenvolvendo algo
novo mediante solicitação do cliente.
Somos uma empresa estruturada para
produzir micronizado, mas já estamos
produzindo produtos mais grossos,
como os de malha 325, malha 80 etc.,
para texturas e massa corrida”, desta-
ca Rebouças, da Okyta, acrescentando
que, no momento, sua empresa não
está desenvolvendo nenhum produto
em escala nanométrica. “Temos um
produto micronizado com diâmetro
médio (D50) que pode chegar a 1,5
mícron. Sei que a nanotecnologia é
uma tendência, porém quando chegar
a hora certa estaremos preparados..
Para João Henrique Scaloppe, geren-
te de vendas da Sibelco, os avanços
tecnológicos atribuídos aos aditivos
minerais, nesses últimos anos, estão
embasados em conferir alto poder
de alvura com baixo tamanho de
partícula, “possibilitando alcançar
performance em níveis diferencia-
dos, praticamente como minerais
funcionais, de forma a substituir ou
potencializar características obtidas
pelos pigmentos (dióxido de titânio),
tais como alvura e cobertura e por
aditivos sintéticos, como lavabili-
dade, redução de burnish, rob out,
manchamento, resistência ao cra-
queamento etc.”
Já no campo da nanotecnologia, a
Sibelco, com suas equipes de inova-
ção, P&D e engenharia de aplicações,
investe seus esforços para o desen-
volvimento e aplicação da nanotec-
nologia. “No Brasil, destacamos o
investimento em nossa planta piloto
para desenvolvimento e ensaios de
novas tecnologias em PCC, além de
investimentos constantes em nossos
processos de micronização, para al-
cançar a distribuição granulométricas
mais ajustadas, com tamanhos de
partículas cada vez menores, para
conferir ótima performance aos nos-
sos produtos. Umdos exemplos, dentro
do nosso portfólio, é o Portaflame,
aditivo mineral para retardamento
de chama que apresenta variação
de grades com até 500 nanômetros
de tamanho de partícula”, destaca
Scaloppe.
Na opinião de Elaine, da J.Reminas,
Adriano Petrone, sócio e diretor da Wana Química