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Setembro 2013
PAINT & PINTURA
Globalização de alternativas
mais sustentáveis para
sistema solvente
Artigo Técnico
1
Por Antonio Leite, diretor global solventes - Coatis/Solvay; Priscila Karan,
gerente de marketing de desenvolvimento de mercado; e Sérgio Martins,
gerente técnico de desenvolvimento de mercado da Rhodia
Introdução
A introdução de uma inovação
sustentável no mercado deve
contemplar um baixo perfil de
toxicidade e um excelente
desempenho na aplicação,
ambos aliados à competitividade. Es-
ses sempre foram os pilares do desen-
volvimento de mercado e aplicações
para a linha de solventes sustentáveis
da Rhodia, empresa do Grupo Solvay,
chamada Augeo.
Atualmente, o produto tem alcance
global com vendas nas Américas,
Europa e Ásia. Mas para atingir o
sucesso no desenvolvimento dessas
regiões, foi necessário ir além dos três
eixos da sustentabilidade.
Para lançar um novo produto, além
de um profundo conhecimento das
necessidades de cada mercado, é fun-
damental conhecer os requisitos de
inovação de cada cliente, das legisla-
ções de cada país e das restrições de
cada mercado, o que fica ainda mais
complexo considerando regiões cultu-
ralmente muito distintas.
Quando falamos de inovação com a
família Augeo, muitas vezes falamos
de um novo sistema solvente que
envolve profundo conhecimento da
interação de cada componente de uma
formulação, entendendo os parâme-
tros de solubilidade do sistema de for-
ma a garantir o correto desempenho
da tinta ou do revestimento. Nesse
caso, entender as limitações de cada
cliente e possibilitar uma reformu-
lação com solventes com baixo perfil
de toxicidade se torna chave para o
sucesso no desenvolvimento.
Um exemplo disso é uma reformulação
no mercado de vernizes para madei-
ra na Itália. Essa é uma aplicação
importante para o país e o Augeo
SL 191 pode entrar como substituto
dos éteres glicólicos da formulação.
O aprendizado adquirido mostrou
que o correto desenvolvimento exige
o conhecimento da cultura local de
formulação, assim como das regula-
mentações existentes no país. Como
ilustração, uma delas restringe a uti-
lização de etanol in natura. O etanol
deve ser desnaturado com substâncias
que modifiquem seu odor e paladar.
Devido a esta situação, os formula-
dores optam por outros alcoóis com
pesos moleculares mais elevados,
como o n-butanol e isobutanol.
Outro ponto essencial é o conheci-
mento da competitividade e toxici-
dade de cada solvente utilizado nos
diversos países. Quando um cliente
busca uma alternativa de reformula-
ção reduzindo a quantidade de aro-
máticos, como é o caso na Turquia,
a utilização de solventes com baixo
perfil de toxicidade e custo competi-
tivo passa a ser a solução para sua
conquista.
2. Adaptação à cultura de cada
mercado através da tecnologia
A definição das formulações de sol-
ventes para tintas e revestimentos
existentes em cada mercado apresen-
ta como ponto em comum o desempe-
nho na formação do filme, mas pode
sofrer diferenças significativas na
composição dos solventes utilizados
quando considerado outros fatores,
como legislação, disponibilidade,
preço, clima e outros fatores locais
ou regionais que acabam formando
uma ‘cultura de formulação’.
O sistema solvente tem um papel
fundamental na formação do filme,
e geralmente ele não é explorado em
toda sua potencialidade, por não se