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monômeros
Paint&pintura | Outubro 2013
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usados empequenas quantidades para ajustedoTgdas resi-
naseoferecemboaresistênciaquímica.VisiomerMEEUéum
monômero-chave para promover aderência, especialmente
emalquímicas base solvente”, destacaMartins.
Na opinião de Claudia Perez Biffi, gerente de negócios
Versatics para América Latina da Momentive Performance
Materials, as regulamentações de segurança, saúde e meio
ambiente, como o REACH e o SNUR, limitam cada vez mais
a inovação. “Apenas grandes empresas podem arcar com
investimentos em pesquisa para desenvolver novos monô-
meros, e a Momentive está continuamente desenvolvendo
novosmonômeros Veova e silanos Silquest, para atender as
necessidades do mercado. Vemos um impacto limitado de
produtos de fontes renováveis, mas é uma tendência que
está aumentando gradativamente, mas ainda há incertezas
emtornodenormasparaprodutosambientalmentecorretos.
Detodasasmaneiras, aMomentiveparticipaativamentenos
fóruns de discussões sobre este assunto.
Hernandes, da UBE, informa que, apesar de conhecido, o 1,6-he-
xanodiol ainda é ummonômero compouco acesso amaioria dos
produtores de tintas, que geralmente acabam substituindo por
monômeros mais curtos e de menor desempenho. “Agora com
um patamar de preço mais estável e acessível, o 1,6 hexanodiol
destaca-se por prover maior estabilidade hidrolítica aos poliéste-
res e poliuretanos, além de alcançar maior flexibilidade no filme
da tinta, que também resulta numa melhora nas características
mecânicas.”
Amarilla, da Kalium, destaca que há monômeros específicos para
tintas especiais ealgunsprodutosnaturais, comoóleosde semen-
tes vegetais, que podem ser utilizados como monômeros para
resinas. “Os monômeros seguem a tendência da legislação. Se a
legislação permite que produtos que não sejam ambientalmente
corretosetenhamcustosmenoressejamutilizados, estesserãoos
produtos comprados pela indústria, e os apelos para utilizaçãode
produtos menos agressivos ao meio ambiente tornam-se menos
eficientes.”
Complexo Acrílico de Camaçari - BASF
Para o mercado de monômeros acrílicos standards no Brasil, a principal inovação é o investimento de € 500 milhões no
Complexo Acrílico de Camaçari, que possibilitará a produção na América do Sul do ácido acrílico glacial, 2 etil hexila e
superabsorventes. “Em âmbito mundial, pode-se considerar importante o fato de a BASF SE ter anunciado, em julho, um
acordo de desenvolvimento de um ácido acrílico baseado em biomassa com a Cargil e a Novozimes. A expectativa é de
que uma planta piloto seja inaugurada em 2014 e, caso resultados positivos sejam obtidos, haverá uma escala industrial
em 2017-2018, em local ainda não definido”, revela Milani, da BASF.
O novo processo contribui para o desenvolvimento sustentável em termos de tecnologia inovadora e é um primeiro
passo para a produção de ácido acrílico baseado em biomassa de 100%. “Será uma oferta complementar para atender às
necessidades domercado, permitindoa diferenciaçãoao longoda cadeia de valor, por exemplo, paraprodutos dehigiene.
A principal utilização deste bio ácido acrílico será no segmento de fraldas descartáveis. Em seu portfólio de monômeros
especiais, a BASF oferece produtos de elevada performance que agregam valor a diversos segmentos da indústria, sendo
tintas e resinas os principais. Há esforços para o desenvolvimento dessa linha noBrasil e na América do Sul”, informa Faria.
A previsão para start up do complexo Acrílico em Camaçari é para o segundo semestre de 2014. Com ele, a BASF terá o
dobro da atual capacidade do acrilato de butila, sustentando o crescimento futuro do segmento de tintas e mais uma vez
demonstrando comprometimento com o mercado brasileiro. “A companhia será a única produtora na América do Sul do
ácido acrílico glacial. Durante o primeiro semestre de 2015, com o nosso tradicional pioneirismo na América do Sul, será
iniciada a produção local do acrilato de 2 etil hexila, na localidade de Guaratinguetá (SP) da BASF”, anuncia Faria.
Com as produções no Complexo Acrílico em Camaçari e 2 etil hexila em Guaratinguetá, a BASF poderá atender, além do
mercado brasileiro, toda a região que, atualmente se abastece de importações, impactando positivamente na balança
comercial do Brasil emUS$ 300 milhões.