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solventes oxigenados
Paint&pintura | Dezembro 2013 | 51
A
ntes de entrar especificamente no tema principal – sol-
ventes oxigenados – proponho uma reflexão sobre o
mercado de tintas e suas possíveis ondas de crescimen-
to. Dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de
Tintas (Abrafati) mostramque o Brasil é umdos cincomaiores
mercados mundiais. Por aqui, são fabricadas tintas destinadas
àsmais variadas aplicações, comtecnologia de ponta e grau de
competência técnica semelhantes aosmais avançados centros
mundiais de produção.
Com centenas de fabricantes de grande, médio e pequeno
porte, espalhados por todo o País, os dez maiores respondem
por 75% do total das vendas, informa o site da associação.
Consequentemente, os grandes fornecedores mundiais de
matérias-primas e insumos para tintas estão presentes no País,
de modo direto ou por meio de representantes, juntamente
com empresas nacionais, muitas delas detentoras de alta
tecnologia e com perfil exportador.
Um dos grandes consumidores do produto tinta, a constru-
ção civil, por exemplo, encampa milhares de litros por meio
de indicadores agradáveis. Hoje, após um longo período de
incerteza econômica, a maioria das empresas de engenharia
e construção tem a confiança renovada em relação às pers-
pectivas de crescimento que se mostraram muito otimistas.
Um aumento geral no acúmulo de trabalhos e nas margens
está sendomotivo para otimismo em toda indústria, que ainda
prevê um crescimento adicional. Pelo menos é que apontou
a pesquisa da KPMG internacional intitulada “Preparado para
a próxima grande onda?”, realizada com 165 executivos das
principais empresas que atuam no segmento em 29 países.
“O que vimos é que, pas-
sado o momento de incer-
teza em função da crise
econômica que atingiu
diversos países, as em-
presas mundiais estão se
preparando para uma reto-
mada de crescimento e se
mostraram otimistas com
o que está por vir. Por ou-
tro lado, o levantamento
apontou os possíveis obs-
táculos ao crescimento,
sendo o déficit de orça-
mento e de financiamen-
tos públicos o fator de-
cisivo, de acordo com
72% dos entrevistados.
O financiamento do
setor privado é classifi-
cado como o segundo
fator (43%) entre os
respondentes”, afirma
Erico Giovannetti, dire-
tor da KPMG no Brasil.
Ainda de acordo com o
levantamento, as em-
presas localizadas na
Europa, Oriente Mé-
dio e África (EMEA) e
Ásia-Pacífico (AsPac)
puderam observar um aumento no acúmulo de trabalho
de, no mínimo, 5% durante os anos de 2012 e 2013. Em-
bora as margens de lucro não estejam acompanhando
o ritmo de aumento dos trabalhos acumulados,
80% dos respondentes alegam que essas vantagens
permanecerão estáveis ou aumentarão mais de 2% no
mesmo período. Já na região das Américas, o percentual
de entrevistados que acredita num nível de confiança
mais alto em relação ao crescimento chega a 90%. Por
outro lado, 28% das empresas na região Ásia-Pacífico
observam uma queda de 2% em suas margens.
«Opanorama geral do setor é positivo. Umnível mais alto
de confiança na região das Américas, demonstrado pelo
aumento considerável das margens, é um indicativo de
uma maior eficiência e de um gerenciamento de riscos
mais eficiente», afirma Augusto Sales, sócio da KPMG
no Brasil.
Já os planos de infraestrutura do governo continuam
sendo o principal propulsor de crescimento no setor,
de forma geral, de acordo com 66% dos entrevistados,
seguidos pelo crescimento econômico global (42%) e pelo
crescimento populacional (38%). Na região das Américas,
esforços em privatização por meio de parcerias público-
-privadas (48%) foram classificados como o segundo
principal propulsor de crescimento, logo atrás dos planos
de infraestrutura do governo (58%), seguidos pelo acesso
às novas fontes de energia, tais como gás natural ou
energia renovável (42%). Nas crescentes economias da
José CarlosMenezes, gerente demercado
e produtoda BandeiranteBrazmo
Álvaro Louzão, coordenador de
negócios de petroquímicos da BASF