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solventes oxigenados
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| Paint&pintura | Dezembro 2013
Indústria de impressão
Atualmente, a grande inovação presenciada pelos gráficos em relação à impressão é a inclusão em linha do LED UV.
Após ser impresso, o papel chega à área de secagem da impressora por meio da tecnologia LED UV.
Um fato determinante neste ponto é a qualidade da tinta usada durante a impressão. O insumo tinta é extremamente
relevante. Quando se fala de secagem LED UV na indústria gráfica, o principal questionamento é de como a tinta se
comporta.
A secagemLEDUV veio para resumidamente reduzir possibilidades de erros emaximizar a produção. De forma simples,
o impresso sai da máquina pronto para o acabamento, sem perder tempo durante a secagem.
renováveis? Neste caso, praticamente não temos nenhum
solvente oxigenado que se encaixe nesta condição. Não é
porque o produto contémumamolécula de oxigênio em
sua estrutura que ele passa a ser umproduto que não tem
nenhuma consequência para o ambiente ou para o ser
humano. Em estudos recentes no mercado de adesivos
se compararamalguns solventes oxigenados a solventes
aromáticos e o resultado de toxicidade ao ser humano foi
semelhante. Aperformance dos solventes aromáticos nas
mais diversas aplicações é comprovadamente superior
aos solventes oxigenados. Ocorreu uma significativa
mudança do patamar de preços das duas linhas de produ-
tos. O barateamento de alguns solventes oxigenados, na
verdade, foi o principal fator desencadeante damudança
de tecnologia, e não o viés ambiental”, conta.
A Dow acredita que a maior preocupação com o perfil
toxicológico e ambiental dos solventes utilizados por
essa indústria pode, sim, influenciar alteração em seu
perfil de consumo de solventes. “É inegável que essa
preocupação vemganhando força nomercado brasileiro,
mesmo que de maneira ainda tímida em alguns setores.
Porém, a partir do contato próximo com os produtores
de tintas e revestimentos é possível listar outros fatores que
podem contribuir para possíveis alterações de consumo.
Entre eles podemos destacar: questões técnicas, restrições
internacionais, busca por melhor performance, preocupação
na redução do teor de compostos orgânicos voláteis e também
mudanças de cunho comercial emsolventes comuma química
distinta”, explica dos Santos.
Amarilla propõe uma análise do conceito ambientalmente cor-
reto: “Deve ser analisado comprofundidade em toda a cadeia
de processamento. Não são todos ambientalmente corretos.
Há, inclusive, solventes banidos nos países desenvolvidos que
ainda são utilizados no Brasil, como o etil glicol e outros com
grande emissão de gases de efeitos estufa em todo o seu
processamento, como alguns éteres glicólicos e cetonas, que
não podemos considerar ambientalmente corretos. Podemser
mais biodegradáveis que alguns hidrocarbonetos, mas ambien-
talmente corretos não. O consumo no Brasil, de uma forma
geral, cresceu devido ao maior poder de compra do cidadão.
Caso continuemos a proteger os fabricantes locais, com altas
taxas de impostos de importação, e somado a isso a ineficiência
do Brasil em infraestruturas, tornaremo-nos presas fáceis para
os grandes fabricantes internacionais. O baixo investimento
empesquisa e desenvolvimento sacrificará o futuro do setor.”
Oliveira observa a diminuição da oferta de solventes de fontes
derivadas de nafta e o impacto da elevação dos preços, prin-
cipalmente de solventes aromáticos, quase equivalendo-se
a alguns solventes oxigenados. “Devido a esta ocorrência e
aliados aos apelos de proteção ambiental, os fabricantes de
tintas passarama procurar mais os solventes oxigenados para
utilizarem em suas formulações”, argumenta o coordenador
técnico da Makeni.
O avanço tecnológico das tintas requer esforços em pesquisa
e desenvolvimento para a redução dos impactos ao ambiente.
Um exemplo é o desenvolvimento de formulações de tintas
Walter Cover, presidente da Abramat