Revista Paint & Pintura - Edição 218

ENTREVISTA PAINT&PINTURA | Jan/Fev2017 | 13 REVISTAPAINT&PINTURA?COMOASENHORAAVALIAO SETORDEDIÓXIDODETITÂNIONOBRASILEACHEMOURS NESSECONTEXTO? CLAUDIAANTUNES: OBrasilpassouporalgunsanosbastante difíceis,comumacontração importantenademandadedióxido detitânioparaosetordetintas,queé reflexodamenorvenda de tintas nomercado nacional. Nossa estimativa de que o mercado, nos últimos dois anos, teve uma queda demais ou menos25%dedemandaentre2015e2016.Para2017,ogoverno já começa a falar emprojeçãodePIBmodesto,mas positivo. Esperamos em 2017 começar a ver um perfil de crescimento bastantealinhadocomaprojeçãodoPIB. Titâniodevecrescer umpoucomais, por que caiumais forte, entãodeve ter uma recuperaçãoumpoucoacimadoPIB,pelomenoséoquetudo está indicandonestemomento. REVISTA PAINT & PINTURA? QUAL A IMPORTÂNCIA DO MERCADO BRASILEIRO PARA OS NEGÓCIOS DA CHEMOURS? CLAUDIAANTUNES: OBrasiléumdosgrandesmercadospara o segmentodedióxidode titânio, equandoolhamos regiões, a América Latina não é uma dasmaiores, mas o Brasil como paísestáentreossetemaioresemmercadosconsumidoresde titâniodomundo.Por isso,éummercadobastante importante, eondeaChemours temum focomuito forte. REVISTA PAINT & PINTURA? QUAL É A PARTICIPAÇÃO DA CHEMOURS NOMERCADO DE TINTAS NO BRASIL? EXISTE ALGUMA ESTRATÉGIA PARA AUMENTAR ESSA PARTICIPAÇÃO? CLAUDIA ANTUNES: Números de participação a Chemours não divulga. Globalmente, a Chemours tem por volta de 20% de participação. Vale ressaltar queoBrasil é umdos grandes focosdecrescimentodanossaempresa,eacreditoquequando o Brasil conseguir resolver essas grandes questões que vem vivendo, a retomada deve serbastanteacelerada, porque é ummercado que estimamos um consumo de titânio em torno de 200mil toneladas há alguns anos. Acredito que é ummercado quetempotencialparavoltar nesteníveldedemanda, indo nadireçãocertadasmedidas que o Brasil tem que tomar. Então, seguramente, vai ser uma das grandes fontes de crescimento para a Chemours, namedida em que a demandacomeçaracrescernovamente.Umdosgrandes investimentosdaáreadedióxidode titânio foi na fábrica doMéxico, que iniciouemmaiode2016essanova linha; está num processo de estabilização, ainda não está operandoemplenacapacidade, estáem fasedeajustes. Teve uma cerimônia simbólica, em setembro, para as autoridadesdoMéxico.Esteéumprojetodequasecinco anosdaChemours,um investimentodeUS$600milhões nesta unidade, e é uma das grandes fontes dematerial paraoBrasil,que temumacordobilateral comoMéxico, ese tornouum importanteparceiroparaoBrasil.Anova linhadestaunidadetemcapacidadede200mil toneladas, é praticamentemaior do que a demanda doBrasil, mas todas as fábricas da Chemours são globais, não temos nenhuma unidade que seja doméstica, ou seja, para um país,especificamente,todasasfábricassãoexportadoras. EssafábricadoMéxico jáémuito importanteparaoBrasil e,daqui para frente, seráaindamais. REVISTAPAINT&PINTURA?COMOESTÁATRANSIÇÃO DE DUPONT PARA CHEMOURS NO MERCADO BRASILEIRO? MAURÍCIOXAVIER: Nomeupontodevista,apreocupação maiorcomoChemoursBrasileradecomo iríamosgerenciar todoesseprocesso,mantendo todoo timemotivado, as pessoasfocadas,olhandoparafrente,porque logicamente nummomentoemquesefazumprocessodeajusteacaba tendouma reduçãonoquadrode funcionários; issogera umclimadepreocupação,principalmenteagoranoBrasil, ondeasempresasestãofazendoajustes,muitademissão, eacabacriandoumapreocupaçãomuitograndedoponto de vista de administrar todo esse processo, e fazer de uma forma com que as pessoas continuemmotivadas, dedicadas.Mas logicamentequeaproveitamos issopara fazer uma filtragem, ou seja, ficar realmente com as pessoas demaior potencial, e que possam gerar maior produtividade.EsseprocessodevisãoDuPonteChemours começou em 2014, e desde que tínhamos noção disso já iniciamos esse processo em nível global e regional, e o Brasil participou disso. Conseguimos gerir de uma forma menos impactante possível. Tivemos que fazer uma reestruturação, mas nos preocupamos muito com aspessoas. Quantoaosclientes,oretornodelestemsidomuitobom, principalmentedevidoàsnossasdecisõesseremtomadas