Revista Paint & Pintura - Edição 227

ARTIGO 24 | PAINT&PINTURA | Novembro 2017 N INCLUSÃO DE NOVOS CONSUMIDORES DE TINTAS POR FRANCISCO RÁCZ & WASHINGTON YAMAGA, DA RACZ, YAMAGA & ASSOCIATES estemomento emque se discute alternativas para se aumentar o consumo de tintas estamos revisi- tando e acrescentando novas visões resultantes de estudos de mercado conduzidos pela RY & Associates. Várias dessas conclusões foram enunciadas em nossa publicação de março de 2017, “Tinta é muito mais que proteção e cor”. A situação econômica restringiu os recursos disponibili- zados em adequação a um mercado menor, obrigando às empresas a revisitarem suas premissas de posiciona- mento e comunicação. Por outro lado, as empresas que ganharam posição no mercado trataram de se reposi- cionar, reforçando a força da marca por meio de várias ações, programas de comunicação e oferta de produtos/ serviços que buscaramcredibilidade e/ou funcionalidade. No geral, a comunicação das empresas de tintas tenta atingir omaior número de pessoas combaixo impacto em funcionalidade e muita emoção ou muita funcionalidade combaixa confiabilidade. A efetividade de como atingem o consumidor coletiva ou individualmente deveria ser ponto de preocupação da indústria de tintas. O CONSUMO DE TINTAS PER CAPITA CAIU O impacto dos fatores macroeconômicos indica que a indústria de tintas no Brasil retoma o volume de 2013 em 2021. A queda do consumo de tintas imobiliárias é explicada pela redução da população incluída na classemedia e pela restrição de investimentos na construção. Visualiza-se a expectativa de que nos próximos anos, 80% das resi- dências vão sofrer algum tipo de reforma e, com isso, se espera a reativação do consumo per capita. O volume de produção de tintas de repintura é crescente já há vários anos. Apesar da crise, o fator determinante é que a frota automotiva continua crescendo. Para omercado de tintas imobiliárias, o aumento de consumo virá do crescimento da faixa da população incluída na classe média. O MARKETING DO SIGNIFICADO O consumidor de tintas está mais bem informado acerca do significado da proteção e cor ou estamos dispersando a deci- são de compra do usuário final com nosso esforço de passar as informações de produto sem significado de valor? O consumidor de hoje mais experiente pode comparar rapi- damente as ofertas na sua decisão de compras, sendo mais resiliente a uma mensagem que não tenha significado. A proliferação de aplicativos e vídeos sobre tintas disponíveis na mídia eletrônica demonstrando funcionalidades e aplica- ções democratizam a informação sobre tintas, mas que não necessariamente se reflete na confiabilidade dasmarcas. Hoje, as informações disponibilizadas pelas marcas são aproxima- damente as mesmas para rendimento, cor e outras poucas funcionalidades, todas viciadas. A comunicação mais dispo- nível e rápida, sem dúvida, contribuiu para a personalização da transmissão de valores. Bons exemplos são os esforços profissionais de muitas lojas de tintas e home centers quando propagam o uso confiável de tintas. Nos pontos de venda há um esforço contínuo de transmissão de confiabilidade. Os novos processos de comunicação boca a boca, compessoas se falando muito rapidamente, trazem de forma intrínseca a oportunidade para as marcas de tintas humanizarem o pro- duto, gerando confiabilidade, desde que tragam significado palpável.

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