Revista Paint & Pintura - Edição 230

DIÓXIDO DE TITÂNIO 36 | PAINT&PINTURA | Março 2018 monstra seu compromisso de atendimento à crescente demanda de seus clientes, revela Claudia. “Estamos trabalhando no desenvolvimento de novos produtos, mas ainda não podemos comentar sobre potenciais lan- çamentos. Estamos muito empenhados em trabalhar com nossos clientes no Brasil para o desenvolvimento de formulações de maior desempenho, com base no estudo de mercado feita pela Chemours em 2017. Com isso, elevaremos os patamares de qualidade para os consumidores de tintas.” Bartholi, da Colortrade, conta que iniciará as operações em um novo centro de distribuição, na cidade de Salto (SP), em2018, bemcomo o aumento da capacidade distri- butiva de sua filial em Itajaí (SC). “Novos produtos foram lançados nos dois últimos anos. Portanto, agora nosso objetivomaior será a consolidação dessas novas grades.” Já a Interbrasil, nos últimos meses, está se dedicando ao desenvolvimento de produtos que aumentam a eficiência do dióxido titânio, que é uma tendência observada em outros países, conta Lima. “Apesar de não substituí-lo majoritariamente, são importantes complementos que agregam valor à tinta de forma econômica e com qualidade assegurada. Na atual fase do desenvolvimento, já possuímos algumas al- ternativas traçadas, que serão indicadas de acordo com a finalidade e a aplicação da tinta. Consideramos que esses produtos serão necessários para manter a competitividade dos nossos clientes. Em breve, vamos lançar no mercado.” EXPECTATIVAS E FUTURO DO SETOR Para este ano, as empresas têm boas expectativas de crescimento no setor de dióxido de titânio. “Devido às limitações de volume que tivermos em 2017, nossa expectativa de aumento de vendas é maior que 8% em 2018. Quanto ao futuro, o mercado de dióxido de titânio é sustentável, sendo que é possível mudarmos o grau a ser utilizado, avaliando o quanto estes produ- tos podem interferir na qualidade do produto final”, divulga Menezes, da Bandeirante Brazmo. O dióxido de titânio é produzido a partir de recursos minerais escassos e não renováveis, ou seja, um dia esgotarão. Apesar disso, não há motivo para preocu- pação no longo prazo, uma vez que esse processo é lento, enquanto que novas tecnologias são desenvolvi- das em ritmo mais acelerado, analisa Andrukiu, da Interbra- sil. “Então, enxergamos uma nítida tendência do surgimen- to de produtos com o objetivo de aumentar a eficiência do dióxido de titânio, mas não de substituí-lo, nos próximos anos, o que irá oferecer uma nova experiência ao mercado. Será uma transição suave. Portanto, nada irá impactar as necessidades do mercado do dia para a noite. Um exemplo de que o dióxido de titânio possui ainda um longo caminho a trilhar é o anúncio do acor- do de compra entre duas das maiores fabricantes do mundo, envolvendo cifras bilionárias, reforçando o interesse de em- presários e fundos de investimento em deter a operação de dióxido de titânio no longo prazo. Afirmamos com certeza que novas fábricas dessa matéria-prima surgirão no médio prazo, expandindo a capacidade produtiva que atualmente está defasada. Porém, para novos investimentos, as empre- sas priorizarão a logística de abastecimento, necessária para garantir a viabilidade econômica do negócio no longo prazo.” Andrukiu ainda ressalta que enxerga um movimento de constante qualificação dos fabricantes de dióxido de titânio, que deve se fortalecer nos próximos anos. “Recentemen- te, os fabricantes chineses, que possuem o maior volume de produção mundial, tiveram que alterar seus processos produtivos visando atender às regras de proteção ao meio ambiente. Essa readequação, além de contribuir para a sus- tentabilidade, aumenta também a qualidade dos produtos e, consequentemente, os preços. No âmbito nacional, a crescente exigência de qualidade por parte da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati) e a fiscaliza- ção do Inmetro quanto à regulamentação das tintas fez com que os dióxidos de titânio de baixa qualidade e os substi- tutos ao TiO2 perdessem espaço em 2016 e 2017. Portanto, para o futuro a tendência é de aumento na qualidade e no preço do dióxido de titânio, que será compensado pelo desenvolvimento de novos produtos que permitam ganhos em eficiência.” Luis Machado Oliveira, gerente de marketing - Case, da Univar

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