Revista Paint & Pintura - Edição 230

RESINAS ALQUÍDICAS PAINT&PINTURA | Março 2018 | 59 A s resinas alquídicas continuam entre os maiores volumes produzidos no mundo. “Esses produtos representam uma boaparceladasresinaseveículosparatintasevernizes,pois oferecemcaracterísticas difíceis de se obter comoutro tipo de polímero que tenha mesma relação entre custo e benefício. Ainda vale destacar que osmercados internacionais de tintas que utilizam resinas alquídicas, principalmente nos Estados Unidos e Europa,têmmudadoemritmoaceleradoparatecnologiasdebaixo COV e com grandes avanços na criação de novos produtos e na regulamentaçãoambientalqueosincluem.OBrasiléummercado com grande potencial para seguir o mesmo caminho e para ter essastecnologiasintroduzidasouadaptadasparaasnecessidades técnicas e comerciais locais. Essa ação já começou e vemos que é caminho certo e sem volta”, informa André Oliveira, gerente de desenvolvimento e aplicação da Arkema Coating Resins. Para Adriana Cristine Rodrigues de Almeida, coordenadora de aplicaçãoLRA/XLR - AméricaLatinadaAllnex, as resinas alquídicas aindapossuemgrandeparticipaçãonomercadodetintas,principal- mente na América Latina, onde a participação desta química está em torno de 35% a 40% do mercado. A Allnex investe pesado em novas tecnologias e em seu amplo portfólio de resinas alquídicas comperformancesdiferenciadas.Temosótimasperspectivaspara essa linha, já que atendemos a diferentes mercados, comummix bastante saudável, como industrial, imobiliário e decorativo.” Fernanda Santos, vendedorade resinas para tintas daCoimBrasil, afirma que embora novos sistemas tenham sido desenvolvidos nos últimos anos, as resinas alquídicas continuam sendo muito empregadasemtintasevernizes imobiliários, tintaspara indústria em geral (moveleira, metal mecânica e impressão) e repintura automotiva. “Quanto aos avanços, estamos trabalhando no de- senvolvimento de resinas alto sólidos, reduzindo a quantidade de solventes nas formulações.” MERCADO Omercadodealquídicasébasicamentedependentedasflutuações econômicas no país, e em 2017 não foi diferente, dada sua alta participação nos segmentos imobiliário, decorativo e industrial, e apesar de estar emuma rota de recuperação, é uma tecnologia muito suscetível às pressões e flutuações de mercado, informa Adriana. “No que diz respeito à tecnologia de resinas alquídicas convencionais, debaixosólido, àbaseóleosouácidos graxos con- vencionais,ocenárioeconômico,sempretrazumafortepressãode preços em relação a essa linha de produto, mesmo que haja uma recuperaçãodevolume.Eéexatamentenodiferencialtecnológico queaAllnexprocuraencontrarocaminhodemaiorcapturadevalor agregado para este segmento. Mudanças de plataformas quími- cas, uso de diferentes óleos, processos mais integrados e rápidos de produção, aumento de sólidos são pontos de desenvolvimentoeinova- ção que agregam não só em desempenho como emfatores logísticos e de custos de processo.” Ricardo Leonardi, vendas técnicas da Arkema Co- ating Resins, afirma que as expectativas giram na volta do crescimento sustentável do setor de tintas e vernizes, e que estecrescimentopermite amaiorutilizaçãodesiste- mas mais sustentáveis e amigáveisaoambiente,comoalinhadeprodutosSynaqua,da Arkema.“NoBrasil,aArkematematuadonasespecialidades deste tipodepolímero, que sãoos produtos à basede água, quepossuemcertapressãodepreçosaoseremcomparados com sistemas base solvente, mas o contexto é um pouco diferente, já queo custoemuso comos produtos base água (Synaqua) pode sermais reduzido, ao não ter a necessidade de comprar solvente para diluição para aplicação e também porpermitirreduçãodecustoscomcertificaçõeseseguros.” Leonardi ainda ressalta que o futuro é a consolidação dos sistemas de baixo COV. “A tendência é de crescimento na demanda por tecnologias como Synaqua (alquídica base água) nos próximos anos, seja pelas exigências domercado consumidor, que graças às mídias digitais tem se tornado mais consciente das questões ambientais, ou por requisitos normativos, que cada vez mais tendema restringir o uso de solventesorgânicospresentesnosprodutosconvencionais.” NaopiniãodeFernanda,daCoimBrasil,nogeral,2017nãofoi um ano de grandes expectativas para o mercado de tintas, portanto, o resultado para a CoimBrasil foi excelente. “Para nós,foiumanodecrescimentoedeestabilizaçãodamarcano mercado.Tivemosolançamentodenovosprodutos,atuação emmercadosdiversoseotrabalhofocadodaáreacomercial e técnica. Vale destacar que os óleos vegetais estão sujeitos às safras, enquanto os solventes estão muito atrelados à política de preços da Petrobras. Alémdisso, existem resinas com composições diferentes, e não dá para ter um comen- táriounificadopara todas.Mas, demaneirageral, oque vejo é pressão por aumento, principalmente pelo aquecimento da economia.” Adriana Cristine Rodrigues de Almeida, coordenadora de aplicação LRA/XLR - América Latina da Allnex

RkJQdWJsaXNoZXIy MTY1MzM=