Revista Paint & Pintura - Edição 231

EVENTOS PAINT&PINTURA | Abril 2018 | 71 desenvolvimento. Ressaltou a importância da reforma tra- balhista e defendeu como essenciais as reformas tributária e previdenciária. O cenário macroeconômico foi apresentado pelo economista José Roberto Mendonça de Barros. Ele analisou o panorama global, demonstrando que as regiões econômicas relevantes ao desenvolvimento estão crescendo. Chamou atenção para os Estados Unidos, que começou a colocar em prática uma política protecionista. Analisou as perspectivas brasileiras em 2018, posicionando-se de forma otimista. Na visão dele, a tendência é de crescimento sustentável este ano e em 2019, mas alertou: “Se entrar um governo populista, vamos voltar ao pântano”. EFICIÊNCIA LOGÍSTICA O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de São Paulo (Setcesp), Tayguara Helou, falou sobre o transporte rodoviário de cargas. Ele observou que mais de 60% de toda a movimentação de cargas no Brasil se dá por modal rodoviário e falou sobre a situação das rodovias brasileiras. “No Brasil há dois tipos de rodovias: as intransitáveis, pelas condi- ções de pavimentação, e as inviáveis, pelo alto custo dos pedágios.” Também apontou como desafio o transporte intermunicipal, comáreas e horários restritos à circulação de caminhões e os rodízios de placa. “É preciso lutar por um modelo logístico aperfeiçoado para aumentar a competitividade do Brasil”, alertou. Particularmente no transporte de cargas perigosas, o presidente do Setcesp criticou o excessivo número de licenças necessárias a esta atividade, nos âmbitos municipal, estadual e federal. “Programas como o Prodir já garantem a eficiência do transporte de cargas perigosas”, disse ele, defendendo a exigência de uma única certificação. O presidente da Federação Nacional dos Operadores Portuários (Fenop), Sérgio Aquino, apresentou palestra sobre o atual modelo portuário brasileiro, criticando muitos aspectos relacionados à Lei dos Portos e à me- todologia de gestão atualmente adotada. “O modelo portuário brasileiro não existe no mundo.” Analisando a legislação vigente, ele citou cada um dos fatores ne- gativos e ressaltou que um dos mais graves problemas é a vigência de dois modelos de gestão portuária, “que convivem simultaneamente, sem isonomia de regras”. O presidente da Abiquim, Fernando Figueiredo, apresen- tou o setor químico brasileiro, que se encontra na oitava posição no ranking mundial. A indústria química continua sendo uma das mais im- portantes da economia brasileira, sendo, por exemplo, a melhor solução para agregar valor ao petróleo e ao gás combustível, explicou o presidente da Abiquim. Ele entende que é necessário às empresas nacionais terem matéria-prima competitiva globalmente e defende a implantação de uma política industrial que tenha efeito multiplicador de longo prazo, a exemplo de programas como o “Made in India”, promovido na Índia, e o “The New Face of Industry in France”, adotado pela França. Fernando Figueiredo, presidente- executivo da Abiquim, e Rubens Medrano, presidente da Associquim/ Sincoquim

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