Revista Paint & Pintura - Edição 233

RESINAS EPÓXI PAINT&PINTURA | Junho 2018 | 71 Nos últimos anos, o setor de distribuição teve um avanço em relação ao número de solicitações de resinas diferenciadas no mercado, mas aomesmo tempo uma demanda ainda retraída, além de precificação abaixo do mercado internacional em vir- tude da alta demanda, informa Simone Braga, coordenadora demarketing e especialidades da Bandeirante Brazmo. “Neste momento, com a mudança no panorama da indústria chinesa (tanto em termos de matérias-primas, como de produtos acabados), o mercado brasileiro deve ficar mais aderente ao mercado internacional. Além disso, estamos otimistas em relação à retomada da demanda nos mercados de construção civil e de tintas.” Na opinião de Sheila Cintra, especialista de desenvolvimento técnico da Univar, nomercado de tintas, amaior evolução está nas resinas epóxis base água, que inclusive é um dos maiores desafios. “As mais usuais em nosso mercado são as resinas epóxi Bisfenol A, que podem ser líquidas ou sólidas, depen- dendo do seu pesomolecular. Emnosso portfólio oferecemos a D.E.R. 331, resina epóxi líquida que possibilita a formulação VISÃO DO DISTRIBUIDOR DE RESINAS EPÓXIS de tintas com zero VOC. Está disponível também a D.E.R 671X75, que proporciona secagem mais rápida com pot life maior. A resina epóxi é um produto muito conhecido e usado em nosso mercado, dando a possibilidade ao formulador para o desenvolvimento de produtos com alto desempenho, bom custo e sustentabilidade.” Já para Victor Luis Maluf Amarilla, diretor técnico e de marketing da Kalium, tecnicamente não há evolução percebida na utilização de epóxi para indústria de tintas. “A necessidade de custos baixos transforma as resinas epóxis em uma opção cara para tintas e vernizes. Não há sinais de alterações nos volumes produzidos e importa- dos, girando o volume em torno de 18,5 mil toneladas para importação e 26 mil a 28 mil toneladas de produção local (estes são dados estimados). Somente em caso de necessidades específicas há a utilização de matérias- -primas com maior valor agregado.” Amarilla ressalta ainda que as dificuldades ambientais na China e o fechamento de muitas unidades produto- ras das mais diversas matérias-primas e o alto consumo do mercado asiático e indiano, bem como a cotação da moeda americana (padrão de compras e vendas), tornam o futuro incerto. “As distribuidoras continuam pressionadas pelo fluxo de caixa e pelos altos custos de manutenção de uma estrutura de distribuição, sem falar das margens baixas que se apresentam devido a fatores tributários (altos impostos de importação, sonegação, regulação confusa e cara), altos custos de estoques devi- do às elevadas taxas bancárias. Problemas conjunturais e estruturais afetama atividade de distribuiçãode produtos químicos. Não há como prever o que acontecerá este ano, porémsabemos que todas essas variáveis negativasmais as incertezas políticas, mostramumquebra cabeça onde faltam muitas peças.” LINHAS DISTRIBUÍDAS E SEUS BENEFÍCIOS A Bandeirante Brazmo distribui as resinas epóxi da Olin, com um portfólio extenso de soluções, sendo que a maior parte é produzida localmente e com serviço téc- nico de alta capacidade, conta Simone. “Temos recursos Simone Braga, coordenadora de marketing e especialidades da Bandeirante Brazmo

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