Revista Paint & Pintura - Edição 235

BIOCIDAS PAINT&PINTURA | Agosto 2018 | 41 testes normatizados para aprovação de novos sistemas de conservantes (biocidas)”, declara Alexandra Paschoalin, ge- rente técnica de microbiologia para a Clariant América Latina Do ponto de vista técnico, há a tendência de busca por opções mais eficientes e alinhadas com as restrições regulatórias da Europa e dos Estados Unidos, ressalta Giovanni Caritá Júnior, diretor industrial - Pesquisa & Desenvolvimento da Ipel. “En- tretanto, devido a realidade do mercado interno demandar revestimentos de preço cada vez mais competitivo, há a pre- ferência por microbicidas commenor preço, emdetrimento ao uso de novas opções com melhor performance. Esse aspecto econômico tem limitado novas tecnologias já que o fator custo acaba sendo determinante em detrimento à questão técnica. Apesar disso, a maior conscientização da cadeia com relação a necessidade de controle microbiológico de todo o processo, incluindo controle de matérias-primas, água, intermediários e a própria unidade produtiva tem contribuído para melhoria da preservação dos revestimentos. A Ipel foi uma das pioneiras na disseminaçãodoconceitode controlemicrobiológicocompleto, incluindo produtos para sanitização industrial e kits de análise microbiológica que permitem o monitoramento de campo.” Caio Bossato, representante técnico de vendas - Material Pro- tection Products MPP da Lanxess, destaca que por ser uma matéria-prima muito importante para a formulação de tintas, o uso de biocidas proporciona a proteção na embalagemou no filme seco contra a proliferação demicrorganismos (bactérias, fungos e algas), e por isso existe uma preocupação global para a utilização de ativos biocidas que sejammenos agressivos ao meio ambiente e ao ser humano. “Porém, além da elimi- nação de produtos que contenham orgânicos voláteis, vemos em outros países uma tendência pelo banimento da isotiazolinona clorada, um dos ativos mais utilizados para a preservaçãode tintas na embalagem. Apesar destas políticas ainda não seremobrigatórias no Brasil, é possível identificar uma crescente relevância deste assunto dentro do setor, onde ummaior número de empresas busca por conta própria soluções diferenciadas emais sustentáveis. Para atender esta demanda, a Lanxess possui em seu por- tfólio a linha de produtos Preventol, que traz uma ampla gama de combinações de ativos, capazes de atender as mais rígidas normas regulatórias globais.” Bossato informa ainda que, devido ao cenário econômico dos últimos anos, o setor tem enfrentado o desafio de alcançar aumentos de performance dos produtos sem impactar em custos. “Pensando nisso, a Lanxess buscou otimizar a ação dos biocidas pormeio do desenvolvimento de produtos que combinamdiferentes ativos, capazes de potencializar a atuação sinérgica. O que, consequente- mente, acaba por reduzir a dosagemde biocida necessária no produto final.” REQUISITOS DO MERCADO Omercado temexigido certas características e especifica- ções dos biocidas. “Os clientes nos solicitambiocidas que sejam eficientes na preservação de seus produtos, que Alexandra Paschoalin, gerente técnica de microbiologia para a Clariant América Latina Giovanni Caritá Júnior, diretor industrial - Pesquisa &Desenvolvimento da Ipel

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