Revista Paint & Pintura - Edição 236

PIGMENTOS ESPECIAIS E DE EFEITO 32 | PAINT&PINTURA | Setembro 2018 requisitos do mercado de tintas são por produtos de qualidade su- perior com preços competitivos e ambientalmente corretos. “Isso se tornou uma das principais deman- das da sociedade e do mercado.” CENÁRIO ATUAL E EXPECTATIVAS O país passa por uma séria crise econômica e todas as cadeias de negócios estão sofrendo comesta dificuldade enorme de retomada consistente dos negócios, salien- ta Labecca Filho, da Aldoro. “No início de 2018 sentimos otimismo no mercado, principalmente pelo significativo crescimento do nível de negócios com o setor de tintas observado no segundo semestre de 2017, porém os meses foram se sucedendo e a expectativa não se confirmou. Assim, o consumo de pigmentosmetálicos, como outras matérias-primas para o setor de tin- tas, esteve abaixo da expectativa no primeiro semestre de 2018. A cadeia deste setor foi altamente impactada pelos efeitos da alta do câmbio e do preço internacional de algumas commodities.” A realidade da Aldoro, como pro- dutor nacional de pigmentos me- tálicos é a mesma de qualquer fa- bricante de tintas, preços de venda em Reais e com matérias-primas predominantemente compradas combaseUSD, acrescenta Labecca Filho. “Com este cenário é muito complicado projetar crescimento, trabalha-se como objetivo de equi- valência com o ano 2017 ou até de minimizar a queda no volume de vendas para o Brasil. A Aldoro já tem um trabalho consolidado em vá- rios outros países e vem intensificando suas exportações como mecanismo de compensação da queda de volumes para o Brasil, sem deixar de ter atenção máxima no atendimento consistente e de qualidade ao mercado brasileiro.” Na opinião de Bartholi, da Colortrade, o ano de 2018 começou bem, mas a greve dos caminhoneiros afetou bastante o mercado. “Acrescidode Copa doMundo e mesmo um cenário eleitoral confuso e indefinido, esse tem sido um ano de muitas oscilações. Ainda assim, tivemos crescimento, mas muitomais ligado em Market-share, estamos conquistando novas contas. O mercado já enxerga na Colortrade & Kuncai uma alternativa se- gura e efetiva na adequação de custos, mais competitividade e inovações. Isso tem nos impulsionado de uma forma mais rápida até do que imaginávamos. Para a Colortrade, 2018 tem sido muito bomna linha de pigmentos perolados.” Veloso, da Merck, informa que um dos principais drivers do setor é o segmen- to automotivo, que por sua vez segue variações no desempenho de acordo com o cenário econômico local, mas que também temcrescidomuito nas ex- portações. “No ano passado atingimos números recordes nas exportações que puxaram uma retomada nos números de produção. Pudemos registrar um crescimentomoderado para os pigmen- tos de efeito em torno de 2,5%. E para este ano registramos no acumulado um crescimento de 6,5%.” Para Celso Jaskonis, gerente de ma- rketing da Silberline, o ano apresenta níveis de crescimento distintos entre os segmentos domercado. “Vemos o setor automotivo com boa recuperação em relação ao ano passado, e os setores de tintas industriais, de impressão e outros se mantendo aos níveis de 2017.” Este ano a Eckart já esperava algum crescimento pela recuperação, ainda que muito lenta, da economia e da in- dústria, mas este crescimento tem sido, até o fechamento do primeiro semestre, além das expectativas, revela Cristine. “Isso mostra claramente o resultado dos importantes lançamentos feitos nos últimos tempos e da busca do mercado de tintas por melhorias.” INVESTIMENTOS O mais recente projeto da Merck foi a expansão da capacidade produtiva para os pigmentos da linha Xirallic, anuncia Veloso. “A segunda linha foi implementada emnossa sede na Alema- nha, que junto à unidade produtiva do Japão atende à crescente demanda na utilização de tais pigmentos e garante segurança na cadeia de fornecimento.” Já a Aldoro investe continuamente em seus processos, avançando tecno- logicamente de forma independente e consistente, divulga Labecca Filho. “Comestes investimentos é possível de- senvolver novos produtos para atender Ubirajara Kormanski, gerente Brasil da Silberline

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