Revista Paint & Pintura - Edição 237

EVENTOS PAINT&PINTURA | Outubro 2018 | 71 presidente da República habilidade de negociação e diálogo.” Noronha encerrou sua apresentação dizendo que é otimista e que as reformas vão ser aprovadas. “O próximo presidente conseguirá governar o País. Porém, o que pode dar errado nas duas situações, seja com Fernando Haddad, ou com Jair Bolsonaro. A minha preocupação com o Bolsonaro é o tem- peramento, por isso a importância de alguma concessão e de diálogo. Já o Haddad é a confusão de sempre, ou seja, vai ter induto ou não, amanhã vão vir outras delações, o Lula é seu principal conselheiro, de novo vamos perceber que sempre que tiver esse risco de escândalo nas novas operações da Lava Jato o potencial de respingar no PT, que é o partido do presidente, no caso se o Haddad ganhar, é o que preocupa. E outra coisa é a capacidade de convicção que o Haddad tem de não se comportar.” A palestra seguinte foi com o tema “Cenário Econômico - Ra- zão e sensibilidade, com a economista sênior do Santander, AdrianaDupita, que ficou responsável por apresentar o cenário econômico. Analista experiente, comamplo acesso a informa- ções, ela teve condições privilegiadas para avaliar diferentes indicadores e opinar sobre as perspectivas de curto e médio prazo. “A economia está crescendo pouco por enquanto, acre- dito que isso acelere o ano que vem, principalmente uma vez que serão resolvidas as situações política e econômica. Mesmo crescendo 1,5% projetado para este ano e 3,2% para o ano que vem, a economia encerra 2019 ainda com alguma capacidade ociosa. Importante ressaltar que quem lidera o crescimento deste ano e do ano que vem é a indústria, quem vem em segundo lugar, mas numa posição bastante confortável é o setor de agropecuária, e quem não vai bem é justamente a área de serviços.” Adriana em suas conclusões finais destaca que os preços dos ativos devem permanecer voláteis nos próximos meses, refletindo a incerteza sobre política econômica/reformas e cenário internacional. “Além disso, apesar da volatilidade, a vulnerabilidade externa baixa limita o potencial de desvalori- zação sustentada do Real; mantida uma política econômica consistente, a inflação deve seguir baixa mesmo com cresci- mento; os juros podem ficar abaixo da taxa neutra até 2020; o principal desafio do próximo governo é fazer ajuste fiscal que estabilize a dívida pública em poucos anos; e a qualidade e velocidade das reformas são decisivas para um crescimento forte, estável e inclusivo.” O Fórum Abrafati trouxe ainda uma apresentação com foco no varejo de tintas, com Fernando Baialuna, diretor de Retail Sales da Consultoria Gfk, que falou sobre o tema “Consumo e varejo do mercado de tintas no Brasil”. Baialuna apresentou um “Estudo do Universo”, com dados que representa o setor de tintas imobiliárias. A pesquisa foi realizada em 23 regiões metropolitanas nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, com lojas de tintas, home centers e lojas de construção de maior porte. “Tivemos verificação telefônica de 7.133 registros, e contamos com 1.342 entrevistas que foram realizadas de fevereiro a maio de 2017.” Na palestra seguinte o tema abordado foi “Momentoma- croeconômico setorial e a jornada de compra do consumi- dor demateriais de construção”, comNewtonGuimarães, diretor de Inteligência deMercado Grupo Revenda Brasil e do ConselhoHeadDataMkt Construção. Guimarães deu uma visão geral do setor de materiais de construção. “O comércio de materiais de construção, segundo o IBGE, nos primeiros sete meses deste ano, comparados com o mesmo período do ano passado, teve um crescimento real de 4,5%. Com a greve dos caminhoneiros, que acon- teceu emmaio deste ano, como reflexo da greve, houve uma queda no comércio de material de construção real em 9,2%, mas no mês seguinte recuperamos com 11,5%, porém em julho caiu 2,7%, isso é comparado sempre com o mês anterior. De qualquer maneira nos recuperamos Antonio Carlos de Oliveira, presidente-executivo da Abrafati

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