Revista Paint & Pintura - Edição 241

ARTIGO 14 | PAINT&PINTURA Março 2019 U Washington Yamaga, da Rácz, Yamaga & Associates Francisco Rácz, da Rácz, Yamaga & Associates Por Francisco Rácz e Washington Yamaga, da Rácz, Yamaga & Associates ma declaração recente do CEO da Axalta, no Coatings Summit, emParis, nomês de fevereiro de 2019, Charles Shaver, pode ser interpretada como reforço demuitas reflexões do setor, emregiões como a América do Sul: “A indústria de tintas possui um balanço financeiro robusto e está bem posicio- nada para a continuidade das atividades de fusões e aquisições”. Esta declaração estava inserida em uma apresenta- ção feita ao grupo da mais alta direção das principais empresas de tintas domundo e de seus fornecedores globais, presentes ao encontro mencionado. A apresentação trazia uma série de pontos de ação recomendados à indústria em geral, além de cons- tatações referentes ao ambiente de negócios que a indústria enfrenta: - Os mercados emergentes permanecerão importan- tes; - Os consumidores estão demandando mais soluções específicas; - As consolidações continuarão; - As regulamentações estão se tornando mais amplas e restritivas; - A digitalização está atravessando/integrando as várias áreas funcionais; - Aceleração dos modelos de inovação. Nossos artigos e palestras têmabordado estes temas dentro de nosso contexto regional e refletememmui- tos dos comentários publicados no artigo da edição janeiro/fevereiro 2019 desta revista, e anteciparam respostas regionais às afirmações globais menciona- das pelo palestrante: “Umnovo ciclo de consolidações? As empresas locais, as novas multinacionais focaramos seus esforços nas fortalezas de suasmarcas, novas alianças tecnológicas globais, alianças mercadológicas com reciprocidade e formação de centros de excelência. Tornaram-se TINTAS AMÉRICA DO SUL: SOLUÇÕES PARA UM MERCADO EMERGENTE barreiras estratégicas a novos entrantes. O crescimento orgânico es- truturado aumentou o valor das empresas e omercado provavelmente passará por novo ciclo de consolidações. Os grandes exemplos das empresas locais que ganharam posições ao longo dos últimos cinco anos cresceram mais rapidamente que o mercado e geraram um ROI acima das grandes corporações e, para o próximo período, se movem para outros mercados adjacentes ou mercados globais. O potencial de agregação de valor na América do Sul será ainda mais alto nos anos que se seguem com a recuperação do mercado. As em- presas locais que tiveram sucesso experimentarão daqui para frente o mesmo componente da influência do clima de negócios. Mas estarão focadas na internacionalizaçãode seus clientes desenvolvendo alianças mercadológicas e tecnológicas locais e internacionais. A preservação e a expansão de negócios passarão pela migração a mercados de maior valor agregado, expansão em mercados interna- cionais e a reestruturação dos canais de distribuição.” No artigo da revista Paint & Pintura do mês de outubro 2018, fizemos observações comreferência à rentabilidade do setor na América do Sul e as perspectivas na área de geração de valor crescente aos acionistas: