Revista Paint & Pintura - Edição 245

EMBALAGENS METÁLICAS PAINT&PINTURA | Julho 2019 | 21 O mercado de embalagens de aço para o setor de tintas vemevoluindo ao longo dos anos em tecnologias, como espessura de embalagem, abertura, novos tamanhos, entre outros, acompanhando a demanda do fabricante de tinta e do consumidor. Com suas vantagens exclusivas, esse tipode embalagemse diferencia das demais por sua resistência à empilhamento no próprio ponto de venda e no transporte. “Acompanhamos e fazemos alguns estudos que comprovam esses benefícios da embalagemmetálica, que no geral, atende muito bem todos os segmentos devido às suas características para produtos envasados, como, por exemplo, tintas, produtos químicos e alimentos”, destaca Thais Fagury, presidente da Abeaço - Associação Brasileira da Embalagem de Aço. Atualmente, apesar dessas grandes vantagens, o mercado de embalagens metálicas vem passando por alguns desafios, principalmente quando se faz um comparativo com outros materiais, conta Thais. “Vemos que outros tipos de emba- lagens vêm se pautando e usando, muitas vezes, fontes de divulgação de informações que nós, da Abeaço, contestamos. Por isso, acredito que o grande desafio é a concorrência com outros materiais, principalmente pela questão do preço, e não por uma característica de embalagem. As metálicas tem diferenciais, tanto que são tratadas de maneira diferente na própria União Europeia, devido à característica do material e do acondicionamento neste tipo de embalagem, considerando também o pós-consumo. É preciso que a indústria mensure não só o preço da embalagem inicial, mas considere o investi- mento e custo da cadeia como um todo, desde o envase até o retorno dessa embalagem, considerando a logística reversa e o acondicionamento do próprio produto. Precisamos mostrar isso para o mercado.” BENEFÍCIOS AMBIENTAIS PRESENTES EM DIVERSOS SEGMENTOS DE MERCADO, AS EMBALAGENS METÁLICAS TRAZEM, DESDE SUA ORIGEM, UMA SÉRIE DE VANTAGENS E BENEFÍCIOS EM SUA UTILIZAÇÃO. AS PRINCIPAIS ENVOLVEM AS QUESTÕES AMBIENTAL E DE LOGÍSTICA REVERSA LUCÉLIA MONFARDINI LOGÍSTICA REVERSA Outro diferencial da embalagemmetálica é quanto ao seu des- carte, retorno da embalagem e da revalorização do material. “Para entendermos todos os fluxos de uma logística reversa e poder constituir um programa, pesquisamos como esse processo funcionava em outros países e avaliamos, inclusive, oReciclaço, umprograma de latas de bebidas doNordeste. Em 2012, conseguimos criar o Prolata, como objetivo de alavancar o índice de reciclagemdas latas pós-consumo e contribuir para o sistema de logística reversa do país. Hoje, esse programa é a única entidade gestora para logística reversa de embalagens no Brasil. Vale ressaltar que nenhum outro material de em- balagem tem uma entidade gestora constituído por logística reversa. Alémdisso, tivemos umtermo aprovado noMinistério doMeioAmbiente, emdezembro de 2018, que valida todo esse nosso sistema de logística reversa”, salienta Thais. A Abeaço vem atuando muito forte em parcerias com os Ministérios Públicos com o objetivo de trabalhar o Prolata em regiões específicas. “Mostramos transparência em todo o processo do Prolata e de todo o material. Quando fazemos um comparativo coma própria União Europeia, a Europa quer atingir um índice de reciclagemmédio demateriais de 60% até 2021. Esse índice, hoje, é puxado por alguns materiais, como por exemplo o aço que tem índices de cerca de 83% como um todo. Já alguns países, como Alemanha, tem índices de 96% e Bélgica 93%. A grande dificuldade da União Europeia é em relação à logística reversa de materiais como o plástico. Não sabemos ainda como vai funcionar no Brasil a reciclagem e a reutilização do plástico, mas sabemos que o desafio é muito maior devido o tamanho do país. No nosso caso, a reutiliza- ção da embalagem de aço é pouco comum para outros fins,

RkJQdWJsaXNoZXIy MTY1MzM=