Revista Paint & Pintura - Edição 246

ARTIGO MUDAR OS MODELOS DE NEGÓCIOS OU MAIS TRANS- FORMAÇÃO DIGITAL DO MESMO? Na perspectiva do mercado consumidor de tintas acelera- damente tenta entender a jornada de pintura. A jornada do cliente impacta uma classemédia crescente emais sofisticada, especialmente influenciada pelamídia social digital. Coma clas- se média estão os drivers determinantes para o crescimento de tintas na América Latina. Outros mercados emergentes, como a China e Índia, podem ser referência de sucesso para nossosmercados. Apesar de seremconsideradosmercados de baixo poder aquisitivo, muitas empresas nesses países inova- ram o fornecimento de produtos com benefícios claramente posicionados com os serviços. No Brasil, segundo o IBGE, 76% da população estão em áreas urbanas e em26% dos municípios. O que indica claramente um potencial até mais elevado para o aumento do uso de tintas, sobretudo depois de alguns anos de queda do volume consu- mido, gerando uma grande demanda reprimida, sobretudo nas áreas urbanas. Segundo o estudo do Instituto Kantar, 93% dos clientes re- lataram dificuldade no planejamento, seleção e compra de tintas e 78% informaram que pintariam ambientes com mais frequência, caso esse processo fosse mais simples e rápido (janeiro de 2019). O maior e melhor conhecimento da experiência do cliente na jornada de pintura poderá mudar o modelo de negócios de tintas e serviços mais rapidamente que a expectativa da in- dústria. Parte em reação à queda de participação e comalgum senso de antecipação, nos últimos três anos, as marcas líderes de tintas introduziram emmuitas capitais brasileiras as novas plataformas digitais na direção do ominichannel e expandiram a possibilidade de agregar mais valor ao processo de pintura. A experiência do cliente com serviços, produtos, a inspiração e a cor não caminham dissociados. Ogrande desafio de tintas para atingir a competitividade ainda é a integração da loja física, virtual e o usuário, combinando a distribuição mais homogênea do valor agregado em cada etapa da cadeia de suprimentos. A distribuição não uniforme da adição de valor é um tema histórico e por si só amplo o suficiente para merecer capítulos definitivos na discussão.

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