Revista Paint & Pintura - Edição 246

BIOCIDAS PAINT&PINTURA | Agosto 2019 | 37 N Essencial para o controle de mi- crorganismos, os biocidas ajudam a aumentar a eficiência e proteger a funcionalidade das formulações de tintas, evitando efeitos indesejáveis, como forte odor, separação de fases, craqueamento no filme, entre outros. “O segmento de tintas vem em um bomcrescimento para a economia. Com isso, há tambémumaumento do uso de biocidas, isso se dá pela conscientização dos fabricantes de tintas, que estão entendendo sua real importância na preservação em longo prazo”, afirma Myrian Carvalho de Oliveira, gestora de produtos trainee da Wana Química. Dentro desse segmento, diferente de países da Europa, no Brasil não há exi- gência regulatória para o uso, produção e comercialização de biocidas para tintas e revestimentos, mas acredita- -se que esta será uma forte tendência futura, informa Luis Gustavo Ligere, ge- rente da unidade de negócios - Produtos para Proteção de Materiais da Lanxess. “Nossa empresa possui presença mun- dial e, consequentemente, já possui os registros necessários e aprovações para os nossos produtos e ingredientes ativos em todos os países que exigem registro. Nosso corpo técnico de es- pecialistas acessa dados toxicológicos e de eficiência, conduz avaliações de riscos e submete dossiês às autoridades competentes.” Ligere também destaca que os biocidas são uma ampla e variada quantidade de substâncias usualmente utilizadas para destruir e/ou controlar a prolifera- ção de organismos nocivos, incluindo bactérias, fungos, leveduras, vírus e insetos. “Além do fornecimento de produtos com amplo espectro de ação para preservação na embalageme no fil- me seco, o mercado de tintas necessita de fornecedores aptos a monitorarem a qualidade microbiológica de todo o processo fabril, aumentando assim o grau de confiabilidade da preservação e otimizando a dosagem final de pro- dutos. Existe uma busca constante para obtenção de formulações capazes de aumentar a performance e se adequar ao aumento dos requisitos ambientais.” Karina Zanetti, da assistência técnica daMiracema-Nuodex, destaca que este segmento tem demonstrado interesse em conhecer novas opções de biocidas com composições diferenciadas, inova- doras e de melhor performance. “Isso temestimuladomuito os investimentos emnovos desenvolvimentos e produtos diferenciados dos usuais de mercado.” CENÁRIO ATUAL O segmento de biocidas para tintas no Brasil vive ummomento de definição en- tre a adoção de novas tecnologias para reduzir o risco ambiental e de saúde, que apresenta custos mais elevados, ou a manutenção das tecnologias já existen- tes, que oferecem custos mais baixos, mas que possuemem suas formulações ativos com uso restrito em países com maior controle regulatório, como, por Luiz Wilson Pereira Leite, diretor de marketing e negócios internacionais da Ipel exemplo, o formaldeído, anuncia Luiz Wilson Pereira Leite, diretor de marke- ting e negócios internacionais da Ipel. “Quanto ao seu crescimento, realmente a redução da atividade econômica fez com que os negócios ficassem mais di- fíceis. A Ipel tomou várias atitudes para diminuir este impacto e conseguimos crescer bastante nos últimos anos. In- vestimos emnovosmercados, onde não estávamos contratando profissionais, capacitamos nossa fábrica e aumenta- mos muito nossas exportações, atin- gindo hoje cerca de 40 países. Por isso, estamos esperando um crescimento de dois dígitos no faturamento para 2019.” O Brasil é, hoje, um dos cinco maiores mercados para tintas do planeta, com uma produção de 1,548 bilhão de litros só em 2018, informa Ligere, da Lanxess. “É um mercado que tem avançado ano após ano, equeaLanxess enxerga ter um grandepotencial de crescimento. Osetor evoluiumuito no país, com lançamentos constantes eprodutos dequalidade com- parável aosmais avançados centrosmun- diais de produção. A inovação tem sido liderada tanto por parte dos fabricantes como pelos fornecedores de matérias- -primas, como a nossa empresa que está sempre em busca de novas tecnologias e soluções que atendam a necessidade dos clientes por meio do seu corpo téc- nico especializado e do laboratório de desenvolvimento e aplicação.” Ligere ainda ressalta que a produção industrial brasileira, de uma maneira geral, está vivenciando um baixo índice de crescimento e o menor consumo das famílias em função do aumento do endividamento, o que contribuiu para uma retração no consumo de produtos do mercado de construção, respon- sável por mais de 80% das vendas do

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