Revista Paint & Pintura - Edição 247

INDÚSTRIA EM DESTAQUE 40 | PAINT&PINTURA | Setembro 2019 explorar um pouco mais a área de pigmentos, um segmento que já conhecemos e temos uma estrutura preparada para fabricação, com equipamentos, reatores, filtros prensa, ou seja, um setor que temmuita sinergia comos nossos corantes azoicos. Assim, começamos a fabricar os pigmentos azoicos, sem fazer a secagem total, utilizando modernas técnicas de fabricação de pigmentos para ter um alto rendimento, não só para tintas e vernizes, mas também para as áreas de agroquí- micos e têxtil”, conta Luis Merino. Inicialmente, a empresa irá fabricar duas linhas de pigmentos: amarelos e vermelhos. “Decidimos nessa primeira fase produ- zir pigmentos em ‘press cake’, fazemos a síntese e produzimos as dispersões pigmentárias, com foco em qualidade e custos. Todos esses nossos pigmentos amarelos e vermelhos são azoicos, fabricados em duas linhas de produção diferentes. Podemos destacar os amarelos 12, 13, 65, 74 (em três versões, com nuances de cores diferentes) e 83; e vermelhos 02, 112, 146 e 170, alémdisso, vamos ter os pigmentos laqueados 48:2, 57:1, 49:1. Também teremos pigmentos laranjas 05 e 13. Ou seja, ao todo, serão cerca de 15 a 20 pigmentos fabricados pela nossa empresa, para o mercado de tintas decorativas, tintas de impressão base água e têxtil”, revela Luis Merino. Especificamente, para essa nova área de dispersões pigmentá- rias, a Dynatech realizou um investimento de US$ 4 milhões e contratou um gerente de produção especializado em síntese de pigmento, o Marcelo Rocha. “Ele é um profissional com muita experiência nessa área e traz uma bagagem moderna de produção, com menos água residual, melhor aproveita- mento da concentração do produto, melhoria de qualidade, transparência no processo etc. Assim, conseguimos melhorar a síntese e, con- sequentemente, a qualidade do produto, além de diminuir o impacto ao meio am- biente. Fizemos um grande investimento para readequar o prédio que já existia para a produção de corantes e, agora, vamos utilizá-lo também para a fabricação de pigmentos. Portanto, todo o investimento neste prédio chegou a US$ 10 milhões. Conseguimos melhorias em todo o pro- cesso, na infraestrutura para acomodar as linhas de produção, equipamentos, entre outros”, conta Luis Merino. O gerente de produção de pigmentos tem 22 anos de experiência nessa área e afirma que seu foco é qualidade e custos. “Vamos compartilhar os recursos com a fábrica de corantes que já temos, onde vamos utilizar as mesmas instalações e, num futuro próximo, aumentar nossa produtividade. Vamos atender comeficiência toda a demanda e mais para frente planejamos oferecer ao mercado também pigmentos em pó. A princípio, vamos iniciar numa área de produtos onde temos um custo melhor e domínio da síntese. Assim, garantimos que os nossos pigmentos apresentemuma maior qualidade que os importados, principalmente para o segmento de tintas decorativas, devido à intensidade de cor e rendimento que necessita”, explica Rocha. A demanda de dispersões pigmentárias da Dynatech será destinada não só para o Brasil, mas para toda América Latina. “Já existe um mercado em potencial de tintas decorativas e vamos passar a atendê-lo, inclusive, vamos ter tonalidades que são conseguidas apenas via síntese e isso nós vamos ter com qualidade superior”, destaca Rocha. Os diretores da Dynatech esperam com esse investimento tornar a empresa líder também em dispersões pigmentárias nos segmentos de tintas, agroquímicos, home care e têxtil. “Já iniciamos a primeira fase de investimentos na área de pigmentos e vamos ter uma segunda fase para ampliação da linha e secagens dos itens. Já somos reconhecidos como uma multinacional brasileira, crescemos, expandimos os negócios e, futuramente, vamos abrir um site de produção nos Estados Unidos, pois é ummercadomuito grande que queremos atuar. Isso está previsto para acontecer daqui dois anos. Nossameta agora é crescer”, revela Luis Merino.

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