Revista Paint & Pintura - Edição 250

ENTREVISTA 16 | PAINT&PINTURA | Dezembro 2019 trabalhar em empresas que não têm valores. E nossa empresa possui valores bastante fortes, desde performance, agilidade, confiança, segurança, ou seja, uma empresa química com segurança para nós é bastante importante. Então, ter esses valores propagados dentro da nossa organização é muito importante. O último ponto é que nossa empresa vive dentro de uma sociedade, onde temos uma responsabilidade por ela. Outra identificação de quem trabalha numa empresa é sentir que faz parte de um todo, pois tudo que realizamos tem um valor para a sociedade como um todo. Estou juntando esses quatro pontos, que são nossas diretrizes estratégicas, para levar a empresa para um futuro ainda melhor. O que representa o mercado brasileiro para os negócios da Evonik? O Brasil tem uma representatividade grande não só para a Evonik, mas para o mercado em geral, tanto que nos últimos anos investimos fortemente no Brasil. Somos a segunda empresa que mais investiu no país em valores, não só no setor de tintas, mas na área química em geral. São valores expressi- vos e ninguém investe numpaís valores expressivos se não acredita nele. A recessão dos negócios trouxe desafios para a gestão das empresas. Como a Evo- nik planeja os próximos anos no Brasil? Tenho grande expectativa no mercado brasileiro e estou bastante confiante. Algumas medidas muito importantes estão sendo tomadas, como a Reforma da Previdência, Reforma Tributária, Reforma Trabalhista, então tem vários pontos que estão sendo vistos. Hoje, temos uma agenda econômica, inde- pendentemente do cenário político e das discussões que existem, e acredito que o Brasil está no caminho correto. A minha única preocupação é que essa tendência positiva que podemos observar no Brasil, agora, pode ser influenciada por um cenário mundial muito complicado. Existe uma ‘briga’ entre Estados Unidos e China, Itália, Hong Kong, Espanha, Bolívia, Chile, Argentina, ou seja, tem muitas coisas acontecendo politicamente em volta e em torno do Brasil que podem nos prejudicar, não porque não estamos fazendo nossa lição de casa, mas sim porque o mundo está numa situação bastante complicada. Mesmo assim, vejo um cenário positivo. Nunca encarei recessão como tal, mas simcomo uma oportunidade, quando se encara assim sempre se encontra cami- nhos diferentes para se desenvolver. A recessão é um desafio, dessa maneira, volto emumdos nossos pilares estraté- gicos: pessoas certas nos lugares certos nunca desistem, elas são resilientes, mesmo em momento de recessão. Elas sempre vão procurar oportunidades e o que não falta neste país são oportu- nidades, tem muita coisa para fazer, é só querer. Existem planos de investimentos locais (em produção, aquisições, la- boratórios etc.)? Nossos investimentos são cíclicos, ou seja, temos a fase de projeto, outra de execução e a fase de implementação desses desenvolvimentos. A partir dessas três fases começa-se de novo a projetar, construir e implementar e, agora, estamos na fase de implemen- tação dos nossos investimentos. Nossa última fábrica ficou pronta no final de 2016, ou seja, temos fábricas recentes, inclusive, tivemos um momento que estávamos construindo três fábricas ao mesmo tempo, e uma fábrica química não é uma peça simples para colocar em funcionamento no seu máximo, ou seja, leva um tempo. Por isso, estamos na fase de implementação, temos que canalizar as energias no momento correto. Depois de concluída essa fase, vamos olhar para novos projetos CARREIRA Elias Nahssen de Lacerda é brasileiro, tem 45 anos, é formado em engenharia de produção química pela Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), possui MBA Exe- cutivo pela BSP - Business School São Paulo/Toronto Rotman Business School - e pós-graduação em Global Key Account Management Certificate Program, pela St. Gallen/Columbia Business School; além de especializações nas renomadas escolas de negócios International Institute forManagement Development (IMD) e finanças na SGMI Institute of Management St. Gallen, ambas na Suiça. Em 2013, Lacerda recebeu a distinção de “Melhor Gestor Emergente da Indústria Química” pelo jornal Handelsblatt e Stratley Award, um dos mais importantes e influentes veículos de comunicação da Alemanha. A homenagem se deu pelas conquistas excepcionais como “Key Account Manager” do Grupo Evonik e seu perfil de liderança integrativa, com forte orientação para os clientes.

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