Revista Paint & Pintura - Edição 250

RESINAS POLIURETÂNICAS Hoje, sabemos que a performance dos sistemas aquosos já se aproxima muito aos sistemas base solvente e que preci- samos incentivar omercado a utilizar as dispersões aquosas como alternativas mais sustentáveis e com equivalente performance.” A demanda por resinas poliuretânicas ficou bastante evidenciada durante a Abrafati 2019, com a enorme procura dos fornecedores por produtos inte- ligentes, de baixo VOC e inovadores, segundo Ana Paula, da Covestro. “Este foi um excelente palco para discutir as vantagens destes produtos. Os apli- cadores e a indústria de revestimento sempre buscam produtos de alto de- sempenho e com custos competitivos. Porém, o conceito de preço por quilo de matéria-prima, ao invés do custo por metro quadrado aplicado e durabilidade do revestimento, é uma barreira a ser vencida. É uma venda técnica, onde o su- porte e a argumentação das vantagens e a ajuda no cálculo dos processos de pintura e de logística são fundamentais para a efetivação destas tecnologias no mercado brasileiro. Outro ponto im- portante é que para alguns países que importamprodutos fabricados no Brasil há a necessidade de se trabalhar com produtos de baixo VOC para atender às onde é empregada, se é pura ou blenda- da com acrílicas e, principalmente, com a qualidade e característica da disper- são de pigmento utilizada. “Em geral, prepondera as melhores resinas em flexibilidade, elasticidade, aderência, se- cagem rápida, nivelamento e resistência às baixas e altas temperaturas, ou seja, a TG das resinas PU é baixíssima e nem por isso apresenta pegajosidade. Alguns tipos de tintas especiais só podem ser formuladas no sistema PUD.” DEMANDA A demanda por resinas PU têm cres- cido no Brasil, justamente pelo maior conhecimento do tipo de tecnologia em- pregada, pela performance do produto final e também pelas novas tecnologias aliadas a esse tipo de produto, tais como a possibilidade de formulação com zero VOC, informa Anelice, da Stahl. “Também é importante salientar que o mercado brasileiro ainda está muito inclinado na utilização de produtos base solvente, pois não desenvolveu legisla- ção própria que priorize a utilização de sistemas base água, o que atrasa um pouco o setor e que dificulta utilização e desenvolvimento de sistemas aquosos. legislações do importador, o que tam- bém acaba promovendo os materiais sustentáveis localmente.” Especificamente, falando de produto standard, Hassessian, da Wanhua Borsodochem, sentiu uma redução na demanda, quando comparada ao que ti- nha na “pré-crise”, mais como consequ- ência do desaquecimento da indústria, principalmente petrolífera, automotiva e infraestrutura. “Com a retomada da economia, estamos confiantes que a demanda dos poliuretanos cresceram acima do crescimento do mercado, em virtude da demanda reprimida. Espera- -se também a retomada dos desenvol- vimentos de sistemas aquosos e isentos Francisco Fava, diretor técnico da Nokxeller Anelice Mariath, diretora de negócios Performance Coatings da Stahl

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