Revista Paint & Pintura - Edição 254

ARTIGO 10 | PAINT&PINTURA T Washington Yamaga, da Rácz, Yamaga & Associates Francisco Rácz, da Rácz, Yamaga & Associates Por Francisco Rácz e Washington Yamaga, da Rácz, Yamaga & Associates A INOVAÇÃO, EM TEMPOS MAIS DIFÍCEIS, TEM HORA MARCADA intas e recobrimentos sempre foram definidos como mercados maduros e dependentes da evolução dos substratos a serem pintados. Em mercados emergentes, a inovação não se concentrou na geração de eventos disruptivos que poderiamcriar novos mercados. As empresas consideradas de suces- so nestas regiões têm se destacado pela capacidade de entender a inovação muito mais como a arte de colocar o novo em ação. Numa situação em que nos colocamos, hoje, de solidarizadade e reconstrução mirando o futuro, nos perguntamos: quais serão os drivers do futuro? As questões imediatas de foco da indústria de tintas, igualmente a todo mercado, estarão nas decisões sobre sua força de trabalho, preservação dos clientes e parceiros de negócios. Novamente, a indústria será desafiada a cortar gastos e preservar investimentos onde for possível. O fluxo de caixa será o principal desafio da retomada. O tempo de retomada dos ne- gócios para se atingir escalas viáveis pode determinar o grau de transformação futura dos negócios. Muito provavelmente as indústrias de tintas não serão as mesmas que até então estivemos projetando. As crescentes digitalização e conectividade modifi- caram os negócios, trazendo novas oportunidades e soluções, aumentando a competição entre concorren- tes ou mesmo atraindo os novos entrantes. Isto será vital, mas em outro patamar de valores. Nos primeiros momentos, por falta absoluta de recur- sos, os padrões de consumo, serão questionados e até achatados. O consumidor vai ter de aceitar padrões distintos aomesmo tempo emque reagirá demandan- do mais valor por sua exigência. A aceleração da transformação digital de diversos processos, num momento como este, impactará as tintas nos mercados emergentes. O excedente de capacidade na América Sul, que temos na indústria de tintas, agrava-se com situação global de lenta re- cuperação. As empresas serão forçadas a repensar a nova geração de equipamentos comprocessos de alto giro suportados digitalmente. As empresas já se movimentam para maximizarem a utilização de novas tecnologias digitais de maneira ampla para mercados transnacionais, especialmente na América do Sul. Os modelos operacionais e de dis- tribuição serão os primeiros a mudar. MUDAR OS MODELOS DE NEGÓCIOS OU MAIS TRANSFORMAÇÃO DIGITAL DO MESMO? Éoquepensávamos emmeados de 2019. A realidade de hoje nos obriga a revisitar o conceito de inovar mais commais transformação. Outros mercados como a China e Índia podem ser referência de sucesso para nossos mercados. Apesar de serem considerados mercados de baixo poder aquisitivo, muitas empresas nesses países inovaram o forne- cimento de tintas, claramente posicionadas em serviços e produtos acoplados. As mudanças que estamos vivendo tornam a necessidade de se promover transformações ainda mais prementes. O maior e melhor conhecimento da experiência do cliente na jornada de pintura, perguntando o que ele precisa, poderámudar omodelo de negócios de tintas e serviços mais rapidamente que a expectativa da indústria. A experiência do cliente comserviços, produtos, a inspiração e a cor não poderão caminhar dissociados. O grande desafio de tintas para atingir a competitividade ainda é a

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