Revista Paint & Pintura - Edição 254

ENTREVISTA 8 | PAINT&PINTURA de consultoria, com o Sebrae, profes- sores universitários, e remodelamos e recuperamos a loja, identificamos o problema, descobrimos porquenãoestá pagando e a caminho da falência, e se for o caso, resolvemos a inadimplência com esse fundo, devolvendo a loja para o lojista. Então, se esse lojista não esti- ver dentro de um grupo, não consigo fazer isso isoladamente, podendo entrar todo o comércio. Pretendemos expandir depois de for- matado e funcionando. Acredito que teremos a participação de diversos segmentos e até indústrias, pois terão interesse em ter um canal para vender com mais facilidade para o lojista. Qual é a expectativa da Anamaco quanto ao número de empresas que essa inicia- tiva pode ajudar? Todo negócio precisa de dinheiro e é feito para obter um recurso financei- ro. Se você vai ajudar alguém, fazer caridade, sem recurso financeiro não é possível, você pode ajudar commão de obra, como distribuir cesta básica, mas é preciso comprar a cesta básica. Então, vejo que isso deve ser exponencialmen- te depois de montada a estrutura, mas com essa pausa que tivemos devido à pandemia, que na verdade o mundo todo parou, prejudicou o andamento, eu tinha duas viagens marcadas para falar diretamente como dono do Banco e comumadvogado que faria para nós a S/A empresa de capital fechado. Cada lojista que tiver participação, no caso a inscrição no Banco, vai sentir a necessidade de indicarmais lojistas, pois cada um conhece dois ou mais lojistas, e terá umproduto para oferecer. Quero deixar bem claro que isso não será obri- gatório, mas o lojista poderá levar isso para o próximo lojista e uma vez inscrito o próximo lojista ou os outros dois lojis- tas seguirão o mesmo caminho, assim cada um apresentará para mais dois ou três lojistas e isso cria escala. É preciso ter capilaridade, escala e volume. Todo mundo precisa de crédito, inclusive, no atual momento, os lojistas precisam de dinheiro para sobreviver, pois o mer- cado encolheu, parou e as despesas não param, são iguais. O governo ajuda numa parte, com a liberação de dinhei- ro, os alugueis se tornaramcompulsório, mas, hoje, os Bancos têmo risco e receio de colocar esse dinheiro nomercado ou na mão de lojistas. Com muito dinheiro emcaixa, os Bancos podemesperar para ver o que vai acontecer, se com a reto- mada melhora, se teremos capacidade de voltar ao que estava, para só assim colocar novamente dinheiro no merca- do. Por isso, não adianta os Bancos terem muito dinheiro hoje, pois o lojista não chegou a ter acesso a esse dinheiro. Quando tem uma estrutura que está vinculada ao comércio e ao Banco, o interesse é um só, sabemos que vamos pagar o Banco se tiver dinheiro e o Banco, por sua vez, quer cuidar do dinheiro e não vai arriscar e colocar no comércio, mas se tem tudo isso integrado, todos os participantes tem a responsabilidade de manter a instituição saudável e, dessa forma, funciona. A escala vem a partir disso. “Cada lojista que tiver participação, no caso a inscrição no Banco, vai sentir a necessidade de indicar mais lojistas, pois cada um conhece dois ou mais lojistas, e terá um produto para oferecer.” “É preciso ter capilaridade, escala e volume. Todo mundo precisa de crédito, inclusive, no atual momento, os lojistas precisam de dinheiro para sobreviver, pois o mercado encolheu, parou e as despesas não param, são iguais.”

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