Revista Paint & Pintura - Edição 255

PIGMENTOS ORGÂNICOS 20 | PAINT&PINTURA TENDÊNCIAS Os pigmentos orgânicos é uma classe de produtomuito utilizada nos diversos segmentos de tintas, principalmente pelas propriedades e diversidade das cores baseadas nesses pigmentos. “Alguns segmentos de tintas reduziram a utilização de pigmentos inorgânicos por restrições a metais pesados e pas- saram a utilizar produtos orgânicos, o que fez com que a demanda por esse tipo de pigmento crescesse. Hoje, as principais exigência do mercado de tintas é que os produtos possuam reprodutibilidade de cor, atendam as características químicas e físicas às quais se propõem, sejam fáceis de ma- nusear e trabalhar, fáceis de processar e de dispersar, além de estarem em conformidade com requisitos legais e ambientais aos quais o produto será aplicado”, destaca Fernando Rosa, gerente técnico da Aromat. Diogo Lima da Silva, coordenador técni- co da Colormix Especialidades, também ressalta que os pigmentos orgânicos são uma tendência para substituição de metais pesados, devido à sua to- nalidade de cor mais limpa e melhor poder de tingimento. “Os pigmentos orgânicos, em alguns casos, possuem excelente transparência, resistência à luz e solventes, resistência química e a intempéries. A busca por pigmentos orgânicos com essas características vemaumentando por conta de algumas restrições do uso de pigmentos com metais pesados em alguns segmentos/ aplicações.” Thais, da Clariant, revela que tecni- camente, o consumo de pigmentos orgânicos de alta opacidade tem ocu- pado um espaço importante no mer- cado de tintas como alternativa aos pigmentos à base de metais pesados. “Outro movimento importante, em alguns mercados, tem sido a troca de corantes solúveis à base de complexos metálicos por pigmentos de alta trans- parência, pois além do fator ecológico, a disponibilidade dos corantes solúveis à base de complexos metálicos tem sido crítica em muitos casos e há clara inclinação ao aumento de custos. Para o mercado de tintas para plásticos, a tendência é a utilização de pigmentos ‘Halogen-Free’, uma vez que peças plásticas para reciclagem não devem conter este tipo de material em sua composição.” Para a comercialização de pigmentos orgânicos, outro fator importante e essencial é o serviço técnico, que precisa ser rápido e eficiente, afirma Ana Amélia, da MCassab. “A Sudar- shan possui um amplo portfólio de produtos e um setor de qualidade que fornece materiais com excelente reprodutibilidade. As demandas dos clientes são diversas e a Sudarshan, para ampliar seu atendimento técni- co, está atuando em conjunto com a MCassab, que conta com uma equipe de vendas treinada para realizar o desenvolvimento técnico.” Valne Lucas Vieira, diretor da Clariquí- mica, destaca que a dificuldade produz oportunidades, se bem observada e acompanhada. “Esta parada na econo- mia, por conta da Covid-19, fez comque o setor de pesquisa e desenvolvimento voltasse a ocupar commais intensidade sua presença no mercado. Com isso, pudemos observar um retorno mais direto na revisão dos processos inter- nos pelas empresas, privilegiando o fazer mais com menos (menos custo) e melhor, ou seja, com esta percepção, estamos conseguindo responder de forma positiva a todos os clientes com nossos produtos, processos e experiên- cias advindas das áreas de pesquisa e desenvolvimento, com foco em custo, qualidade e segurança.” Já Heise, da Forscher, ressalta que o setor de pigmentos está em constante movimentação, especialmente no que diz respeito à concentração de empre- sas por meio de constantes aquisições, fusões e incorporações. “Essa tendência revela que, no futuro, o negócio de pig- mentos estará concentrado em poucos produtores, com fábricas na China e na Índia, reduzindo a possibilidade de novos entrantes (barreira financeira), com isso, trazendo um risco de abaste- cimento ou de estabilidade de preços.” Na visão de Roque Guimarães Antunes, diretor de marketing da Transcor, o momento é de expectativa. “É muito difícil prever qualquer tendência para o segmento. Acreditamos que somente emagosto/setembro é que teremos um cenáriomais estabilizado e commaiores possibilidades de estimar as tendências para o segmento.” Rogerio Vespasiano Ibanhez, Vice- -presidente de vendas - região Américas - da Lanxess, revela que a cor do ano de 2020 é o Classic Blue. “Com ela, tons de azul são levados em consideração para decoração de ambientes e é esperado um leve incremento nos pigmentos baseados em ftalocianina para a com- posição desta tonalidade.” Para Marcelo Amaral Leite de Macedo, diretor comercial da Sintequímica, antes da pandemia omercado já demonstrava uma grande preocupação por produtos com maior resistência à luz e intempé- ries. “Quero crer que esta tendência não irá mudar após o Covid.”

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