Revista Paint & Pintura - Edição 256

ENTREVISTA PAINT&PINTURA | 8 oobjetivode obter certas características de performance, como hidrofobicidade ou maior resistência. Nós temos diver- sas opções no portfólio e já estamos trabalhando com nossos clientes para testar e adaptar as formulações. Outra importante tendência que cresce a cada ano é a busca por insumos mais sustentáveis. Hoje, nós já oferecemos, em alguns países, aos nossos clientes a opção pelo que chamamos de “balanço de massa”, que é a de alimentar parcial- mente nossos crackers com insumos renováveis na proporção necessária para balancear a produção dos monô- meros. Aqui no Brasil acompanhamos de pertoo desenvolvimento da indústria de insumos renováveis, como o butanol e o propeno, que ainda não estão dis- poníveis na escala e custo necessários. Omercado estava caminhando positiva- mente, mas com a incerteza de quando, ao certo, sairemos dessa situação. Qual a sua previsão para o setor Petroquímico neste ano? Marcos Ferreira de Carvalho: Acredi- tamos que deva haver uma discreta melhora do cenário econômico no segundo semestre, pois há a previsão de abertura gradual das atividades co- merciais. Temos pessoas que tiveram a renda comprometida, talvez com dívi- das, mas também temos uma demanda reprimida, pois muitos não puderam realizar serviços de pintura imobiliária por causa das regras preventivas de distanciamento social. No mercado decorativo, também hou- ve nos últimos anos um aumento do percentual de tintas econômicas, que focam em preços competitivos e for- mulações enxutas. Ou seja, ainda vemos foco no custo-benefício comredução do custo final de formulação. Temos em nosso portfólio diversos produtos que colaborampara aumentar performance sem aumentar custos. E o nosso time conta com especialistas técnicos que procuram atender as necessidades do cliente e estão aptos a fazer recomenda- ções direcionadas para cada formulação e necessidade. Seguimos confiantes que depois de um 2020 turbulento, em função da pande- mia. Vamos ao longo dos próximos anos recuperar o caminho do crescimento econômico em nosso país e no nosso segmento. Comoo senhor avaliahoje o segmentode Petroquímicos no Brasil e a BASF nesse contexto? Pedro Henrique Blanco: O setor pe- troquímico brasileiro se encontra, ao mesmo tempo, em um momento de grandes desafios e grandes oportuni- dades. Como desafios, podemos citar, por exemplo, o forte aumento do déficit na balança comercial e os baixos níveis de investimento em pesquisa e desen- volvimento. Por outro lado, o potencial de melhoria na qualidade de vida das pessoas que a indústria petroquímica oferece, ainda é muito pouco explo- rado no Brasil (o consumo per capita de diversos produtos é muito baixo comparado a outros países), resultan- do em alto potencial de crescimento. A BASF continua acreditando no grande potencial desse segmento e, prova disso, é o grande investimento que realizamos no Complexo Acrílico de Camaçari e na produção de acrilato de 2-Etilhexila, em Guaratinguetá, forta- lecendo a cadeia de valor acrílicos no Brasil e América do Sul. PERFIL PROFISSIONAL MARCOS FERREIRA DE CARVALHO Em janeiro deste ano, Marcos Ferreira de Carvalho assumiu a vice-presidência dos Negócios Petroquímicos da BASF para América do Sul. O executivo iniciou sua carreira na Bayer, onde atuou por 14 anos na área industrial e gerenciamento de meio ambiente. Ingressou na BASF há 20 anos, como site manager de Agro e, entre outras atividades, foi country manager na BASF Venezuelana por dois anos emeio, responsável regional pelo negócio de Pigmentos e Resinas, atuou tambémno segmento de tintas. Trabalhou por cinco anos na BASF alemã, como responsável global de operações na área de proteção de cultivos. De volta ao Brasil, em 2017, se tornou o vice-presidente responsável por supply chain, logística e tecnologia de informação para a América do Sul. Marcos é formado emEngenhariaQuímica pelaUniversidade Estadual doRio de Janeiro, comMBA emgestão Industrial na Universidade Federal do Rio de Janei- ro e MBA em estratégia Industrial pela Universidade Federal Fluminense, além de uma especialização em Marketing na Universidade La Sabana, em Bogotá. PEDRO HENRIQUE BLANCO Pedro Henrique Blanco começou sua carreira na BASF, onde ingressou como trainee em 2011. Em 2014, assumiu a gerência de marketing do negócio de Químicos Industriais. Um ano depois, partiu para delegação na Alemanha, onde atuou como gerente de desenvolvimento estratégico para o negócio de monômeros acrílicos. Assumiu em fevereiro deste ano a gerência sênior do Negócio de Acrílicos, Oxo-álcoois e Plastificantes da BASF para América do Sul. Cursou Química na USP e na Concordia University, de Montreal, Canadá.

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