Revista Paint & Pintura - Edição 257

ARTIGO PAINT&PINTURA | 7 nomundo, mas reconhecemos que fazemos parte da crise, admitindo fatos novos incluindo uma nova onda de “soluços” quaisquer que sejam. Porem, sair à frente pode atrair alternativas de recuperação para a região. Por outro lado e repetindo, o conviver comaltas taxas de desemprego podem durar por períodos mais longos ou distantes como havíamos planejado. A voltamais acelerada das readmissões poderá afetar tintas diferentemente e dependendo do setor poderá impactar no poder de compra da classemédia estruturalmente, apesar das projeções otimis- tas do setor das tintas. Incertezas da continuidade das alavancagens para catalisar a recuperação podem, inclusive, ser contaminadas pelo cenário político. O setor de tintas atua sobre as reações de diversos mercados em amplo espectro e pode se beneficiar se for flexível e ágil. E como tal, o mercado não se recuperará uniformemente. É provável que a base consumo estará relacionada aos projetos de retomada da construção e infraestrutura. Todavia, a base de consumo geral de tintas está se modificando e já se nota ações inteligentes nos diversos canais de dis- tribuição B2C e B2B. Isto temcontribuído paramudanças no ambiente competitivo nesta reação à pandemia, porém as inovações e ações devem ser adaptadas estruturalmente para fazer frente aos cenários possíveis da próxima década. Os Fóruns da Paint & Pintura e os Boletins de Inteligência deMercado têm trazido a visão dos novos drivers de mobilidade e convivência social, assim como as ações mais discutidas para sustentação dos ne- gócios amédio e longo prazos, quemodificarão o cenário competitivo dos negócios de tintas na América do Sul nos próximos anos. Ainda sempre dentro de premissas otimistas, a confiança na retomada do crescimento na próxima década nos leva aomomento de alerta e ação na busca de alternativas e planos de contingencia, e procurando evitar as reações aos modismos de curto prazo. Muito se tem comentado sobre a capacidade da indústria de tintas no Brasil. Fato é que existe uma confortável capacidade volumétrica de produção instalada para quase todos os segmentos, contudo nem sempre acompanhada da capacidade tecnológica específica e com índices de produtividade ainda não competitivos. As consolidações e associações poderiam suprir parte desta lacuna no setor de produção de tintas nacional, acompanhando o que vem ocorrendo em outros continentes, e mesmo em setores da cadeia de suprimentos . Os ganhos de produtividade e compartilhamento de tecnologias e inovações trariam reais ganhos de valor agregado ao setor de tintas do Brasil, e continuidade na evolução do ambiente competitivo. Segundo levantamento da RY uma boa parte das empresas de tintas que retomaramos negócios nosmeses de reabertura dos negócios de 2020 obtiveram resultados de faturamento acima dos níveis históricos e das expectativas em meio a uma pandemia. Uma boa parte dessas empresas focou na força do marketing regional, pessoal e a confiança namarca, combinadobons volumes com preços ajustados. Uma boa razão para agir depois desta reação em 2020 seria a consolidação de uma visão estratégica do valor agregado, pormeio de benefícios e funcio- nalidades efetivas nas ofertas, ganhos de produ- tividades estruturais, consolidações inteligentes, prioridades e seletividade de investimentos. Clara- mente, é uma necessidade as mudanças no perfil das organizações, buscando ação e não reação!

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