Revista Paint & Pintura - Edição 258

EVENTOS PAINT&PINTURA | 67 volvedora de soluções intermediárias e definitivas para as soluções no agro- negócio. Moreira também destacou a necessidade da aprovação do PL doGás. A indústria química foi representada no ENAIQ pelo presidente do Conselho Diretor da Abiquim, Marcos De Marchi; pelo presidente-executivo da Associa- ção, Ciro Marino; e pelo diretor de De- senvolvimento Sustentável da Braskem, Jorge Soto. Todooesforçodo setor químicono com- bate à pandemia de Covid-19 foi lembra- do por DeMarchi, que ressaltou o amplo trabalho das indústrias emdialogar com o governo, com a cadeia logística e no aumento de produção de insumos uti- lizados na fabricação de álcool em gel, sanitizantes, fármacos, gasesmedicinais e equipamentos médico-hospitalares, entre outros itens. Além da adaptação de fábricas criadas para a produção de outros insumos para atender a demanda desses itens. “Isso foi visto como uma solução e a indústria química brasileira teve o melhor terceiro trimestre dos últimos 10 anos nas vendas internas, na sequência do tombo que foi o segundo trimestre”. O presidente do Conselho Diretor da Abiquim também lembrou que o setor celebrou o Marco Legal do Saneamen- to e aguarda a aprovação do PL do Gás pelo Senado. “Ele vai promover o desenvolvimento do mercado aberto e livre que pode nos levar a ter um custo de molécula mundialmente competiti- vo”. Sobre o tema sustentabilidade, De Marchi ressaltou que o setor participou ativamente das discussões do Projeto PMR Brasil, que estuda a viabilidade da implementação de instrumentos para precificação de carbono no Brasil, citou o posicionamento do setor sobre instru- mentos para precificação de carbono no Brasil, e citou as contribuições da quími- ca aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. “Nós defendemos a criação de um mercado de crédito de carbono que inclua todos os setores da economia e inclua o reconhecimento de esforços históricos do nosso setor na diminuição de emissões. Estamos engajados na Agenda 2030 da ONU, sa- bemos da importância do setor privado nesta agenda e lançamos em parceria com Rede Brasil do Pacto Global um portal comas contribuições da indústria química para os 17 Objetivos de Desen- volvimento Sustentável estabelecidos pela ONU”. O desempenho do setor químico em 2020 foi apresentado pelo presidente- -executivo da Abiquim, Ciro Marino. Este ano, o faturamento do setor quí- mico, medido em dólar, deve cair 14% na comparação com 2019. “A indústria química deve encerrar 2020 com um faturamento de 101,7 bilhões de dólares, equivalente a 508,7 bilhões de reais”, afirmou Marino. O volume da produção de produtos químicos de uso industrial, medido em toneladas, deve crescer 2,3% em relação a 2019. As vendas internas, tambémmedidas em toneladas, devem crescer 3,4% na comparação com o ano passado. O déficit do segmento de produtos químicos deverá ser de 29,3 bilhões de dólares em 2020, redução de 7,3% em comparação com 2019, com importações de 40,2 bilhões de dólares e exportações de 10,9 bilhões. O Brasil ainda possui a sexta maior indústria química do mundo, atrás de China, Estados Unidos, Japão, Ale- manha e Coréia. “Faz parte do nosso trabalho desenvolver visão de futuro e precisamos de um gás natural com- petitivo, imagino que nas próximas semanas teremos um novo marco, sendo que a química usa o gás natural como energia e matéria-prima. Temos fábricas competitivas do portão para dentro e se o Brasil fizer tudo certo, implantar as reformas estruturantes: tributária, administrativa e política, conseguir aprovar a nova lei do gás, podemos dobrar o faturamento do setor, reconstruindo cadeias básicas da química, como a de fertilizantes”. O diretor de Desenvolvimento Susten- tável da Braskem, Jorge Soto, afirmou que os químicos são solução para o desenvolvimento sustentável. “A quí- mica pode ser líder global na indústria sustentável, somos parte da solução, precisamos considerar os riscos e as oportunidades. Focar na melhoria incremental e revolucionária através da inovação. Resultado, o lucro será sustentável”. Carlos Alexandre Da Costa, secretário- especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (SEPEC) do Ministério da Economia

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