Revista Paint & Pintura - Edição 260

ARTIGO 10 | PAINT&PINTURA Washington Yamaga, da Rácz, Yamaga & Associates Francisco Rácz, da Rácz, Yamaga & Associates Por Francisco Rácz e Washington Yamaga, da Rácz, Yamaga & Associates OS CENÁRIOS GLOBAIS E REGIONAIS 2021-2025 2020: ano que nos pôs em contato comas mudanças que precisamos fazer. 2021: estamos sendo pressionados a priorizar e implementar programas que antes poderiam ser postergados ou adiados por razões estritamente regionais e globais. Os mercados diversos enfrentam os mesmos desafios na retomada. Os drivers do novo tempo são irreversíveis e, impactam glo- balmente as pessoas na habitação, no local de trabalho, saúde, mobilidade e preocupações de sustentabilidade, como o meio ambiente. O grau de imunização das pessoas nesta pandemia e outros fatores acabam determi- nando a avaliação do risco de investimento em diversas regiões do mundo. Os riscos regionais não desaparecem e, pelo contrário, são mais relevantes na competitividade global pela sobrevivência. Os riscos regionais deixaram de ser cíclicos para se tornarem estruturais também em tintas. A primeira onda de recuperação já em 2020 para tintas, em vários segmen- tos, veio acima das expectativas com diferenças entre regiões do Brasil e namaioria dos segmentos. O segundo semestre para tintas foi considerado excepcional, sobretudo nos segmentos relacionados com o consumo do- méstico. Não está clara a dimensão da continuidade para 2021 e se espera um início de ano um pouco abaixo das expectativas. As indefinições fiscais, o aumento do desemprego e a queda na renda das famílias foramos temas mais comentados nos fóruns de encerramento do ano de 2020 e conside- rados os maiores desafios a serem superados em 2021 e anos seguintes. As notícias sobre a progressãoda imunização com as vacinas contra a Covid-19 ameniza- ram um pouco o balanço de riscos, mas as incertezas e volatilidades permanecem re- levantes. As atividades em recuperação dos dois últimos trimestres não trazem a conti- nuidade esperada e podem ter um impacto no PIB em 2021, que poderá ser modesto comparado coma expectativa. Coma queda de 4% a 5% no PIB, no fechamento de 2020, em relação a 2019, comaltas próximas de 9% no terceiro trimestre e 2% a 3 % no quarto tri- mestre na progressão demercados de tintas gera um carry-over ao redor de 3% para 2021. Ao longo do próximo ano, o impacto da diminuição do auxílio emergencial deveria ser suavizado pela regularização gradual do setor de serviços e outras atividades. Espera-se que a renda geral do trabalho volte aos poucos, contudo não imediatamente. É também um ponto negativo a pressão sobre os custos provocada pelo aumento da inflação recente e situação dos insumos globalmente. Portanto, é chave o equilíbrio entre a proteção das margens e a possível retomada gradual do crescimento, uma vez que depende da recuperação dos empregos na economia. No gráfico da Figura 1 pode-se observar a evoluçãomédia dos volumes faturados pelos vários segmentos da indústria nos meses de 2020 indexado ao volume médio mensal

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