Revista Paint & Pintura - Edição 260

ARTIGO 12 | PAINT&PINTURA base de consumo geral de tintas está se modificando com a mudança dos hábitos de consumo da classe média. Já se nota ações inteligentes nos diversos canais de distribuição B2C e B2B. Isto tem contribuído paramudanças no ambiente competitivo nesta reação à pandemia, porém as inovações e ações devem ser adaptadas estruturalmente para fazer frente aos cenários possíveis da próxima década. O setor de tintas rapidamente reconheceu os desafios do ta- manho do ticket ante as restrições de consumo nomercado. Ponto de intensa atenção é o share-of-wallet na medida em que os diversos setores reagem competitivamente. 80% da recuperação de receita da primeira onda vieram de negócios existentes e 20% de nova linha de produtos. Em médio prazo, a expectativa saudável seria uma reversão na rota do valor agregado. Os ganhos de produtividade, compartilhamento de tecno- logias e inovações trariam reais ganhos de valor agregado ao setor de tintas do Brasil e continuidade na evolução do ambiente competitivo. Segundo levantamento da RY, uma boa parte das empresas de tintas, que retomaram os negócios nos meses de reabertura em 2020, obtiveram resultados de faturamento acima dos níveis históricos e das expectativas em meio a uma pandemia. Uma boa parte dessas empresas focou na força do marketing regional, pessoal e na confiança na marca, combinando bons volumes com preços ajustados, procurando explorar alternativas da economia sem contato. Existe uma demanda estrutural clara sem amplas defini- ções para agirmos na sequência da retomada de 2020. A consolidação de uma visão estratégica do valor agregado, Figura 4 - A Recuperação das Receitas em 2020 Namesma análise, reconhece-se que 80% da recuperação de receita vieramde nova estratégia de precificação incentivada, do crescimento do e-commerce nas mais variadas formas da economia sem contato, evoluindo em tintas de 2x a 3x, por meio do uso de parceiros de plataformas logísticas e da força do marketing regional. Os 20% restantes da recupera- ção vieramde reativações de negócios existentes. Espera-se muito mais equilíbrio nestes fatores à médio e longo prazo. Existe uma confortável capacidade volumétrica de produção instalada para quase todos os segmentos, contudo nem sempre acompanhada da capacidade tecnológica específica e com índices de produtividade ainda não competitivos. As consolidações e associações poderiam suprir parte desta la- cuna no setor de produçãode tintas nacional, acompanhando o que vem ocorrendo em outros continentes, e mesmo em setores da cadeia de suprimentos. por meio de benefícios e funciona- lidades efetivas nas ofertas, ganhos de produtividades estruturais, con- solidações inteligentes, prioridades e seletividade de investimentos vão se tornando uma necessidade de sobrevivência competitiva para setor de tintas na América do Sul. A globalização / regionalização do supply chain será um fator decisivo na competitividade da indústria de tintas que serve outras indústrias globais. A tecnologia será cada vez mais global e o supply chain na América do Sul fará parte do processo. Neste sentido, veremos cada vezmais empresas com produtividade integrada entre países na América do Sul, prin- cipalmente para resinas e intermediários devido a vantagens de tarifação e custo de energia mais competitivo. A logística produtiva de atendimento das tintas prontas para uso até os in-process estão sendo desafiadas a nível continental. O cenário competitivo ainda traz as incertezas do Pós-Covid-19. As empresas globais ou regionais de tintas estarão emconcor- rência buscando equilíbrio na geografia da América do Sul. A saga por recursos e tecnologia definirão as mudanças de ce- nários competitivos. As empresas regionais ou de nichos con- tinuarão a crescer. Por outro lado, se esperam consolidações em processo contínuo para as companhias tradicionalmente internacionais, tentando aumentar a ocupação na América do Sul restabelecendo equilíbrios e produtividade.

RkJQdWJsaXNoZXIy MTY1MzM=