Revista Paint & Pintura - Edição 261
Para o setor de resinas epóxi, o cenário da pandemia em 2020 fez com que o mercado recuasse no primeiro trimes- tre, o aumento expressivo nos preços dos fretes internacionais também foi um fato relevante, contudo, ainda hou- ve boas oportunidades de compras e preços estáveis durante todo período, conta Marcelo Cesário, gerente comer- cial da SQ Química. “Em dezembro, uma notícia sobre um incidente em uma fábrica de epóxi na Ásia veio a balançar novamente o setor, fazendo com que 2021 iniciasse com escassez e aumentos de preços, circunstâncias estas que demandarão maior atenção as programações do mercado.” Em 2020, a pandemia trouxe um con- texto de redução de produção, parada de fábricas e impactos nos custos pela baixa taxa de utilização das plantas pelo mundo. Emmeio a todo a este cenário, percebeu-se que, felizmente, as empre- sas adaptaram seus negócios à nova realidade, declara Felipe Picinini, head da Unidade de Negócio Tintas, Constru- ção Civil e Adesivos da quantiQ. “Diante disso, nosso foco foi monitorar de perto a situação de cada cliente buscando, alternativas para melhor atendê-los e oferecer soluções alinhadas às neces- sidades atuais do mercado. Quando olhamos somente para o mercado de distribuição, um dos grandes desafios foi estimar o consumodenossos clientes com maior exatidão, obstáculo que se mantém até os dias atuais. De maneira geral, iniciamos o ano de 2021 otimistas. Entretanto, apermanênciadapandemia, a alta do dólar, aumento generalizado de custo de diversas matérias-primas, dificuldades logísticas e, principalmente, VISÃO DO DISTRIBUIDOR a chegada da segunda onda do Covid-19 exerceram impacto em todos os setores da indústria, incluindo a distribuição de produtos químicos. Estar próximo dos clientes é extremamente importante para compreendermos suas reais neces- sidades e mantermos a regularidade na disponibilidadedeprodutoaomercado.” Rodrigo Gabriel, diretor de desenvolvi- mento da Carbono Química, também afirma que o ano de 2020 foi conturbado em função da pandemia. “O primeiro semestre foi difícil com desbalanço de preços e falta de demanda, o que foi diametralmente oposto no segundo se- mestre, onde houve aceleração abrupta do consumodoproduto e desbalançoda oferta em função da velocidade em que a demanda subiu. Os preços iniciaram uma subida muito forte da metade do terceiro trimestre em diante criando uma pressão de custo que em conjunto com o aumento da taxa de câmbio bra- sileira nos fez ter um semestre muito desafiador. Para 2021, esse quadro do segundo semestre do ano de 2020 ainda está ocorrendo e até a metade do ano deve pressionar o mercado brasileiro.” Na opinião de Victor Luis Maluf Ama- rilla, diretor técnico e de marketing da Kalium, o primeiro trimestre do ano pas- sado teve consumos e preços alinhados mundialmente emumpatamar histórico, com pequenas oscilações, já o terceiro trimestre totalmente mergulhado na pandemia e seguido de uma recupera- ção rápida e vertiginosa. “Compras aci- ma do normal e uma subida vertiginosa de preços, que ainda não cederam. Os preços provavelmente não cederão tão cedo devido ao elevado consumo na fabricação de pás eólicas (energia limpa
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