Revista Paint & Pintura - Edição 264

AGENTES COALESCENTES 42 | PAINT&PINTURA Gardelli ainda informa que nas formu- lações de tintas arquitetônicas à base de água, os agentes coalescentes têm um papel fundamental no processo de formação de filme de látex. “Essas mo- léculas auxiliam sobretudo no estágio final de coalescência das partículas. Em resumo, os coalescentes são solventes que plastificama fase polimérica presen- te nas formulações de tintas, esmaltes e adesivos, diminuindo a sua taxa de temperatura e favorecendo a deforma- ção das partículas, bem como a interdi- fusão das cadeias poliméricas. Além da sua principal função, os coalescentes da Oxiteno proporcionam acabamento superior às tintas, menor tendência ao leaching (manchamento da cor) e ao dirt pick-up (acúmulo de sujeira).” Leandro Alves, gerente de desenvol- vimento de Negócios de Coatings do Grupo Solvay na América Latina, salienta que além da função da formação do filme, um tema bem interessante que está emdiscussão é a pega de sujeira no filme, um fator sensível que, semdúvida, influencia na escolha do coalescente. “Outro ponto interessante, e que é um velho conhecido de todo tinteiro, é a lavabilidade, um itemcrítico na avaliação de todas as tintas.” CENÁRIO E CONTRATEMPOS O segmento de tintas prediais no qual os agentes coalescentes estão inseridos vem apresentando um desempenho muito positivo comparado a 2020. “Nos cinco primeiros meses de 2021 o aumen- to foi ao redor de 39% puxados pelas pequenas reformas, alémdo número de imóveis financiados que nos primeiros cinco meses de 2021 teve um aumento de 160%, com 331.800 unidades comer- cializadas noBrasil. Porém, infelizmente, o setor está sofrendo com vários gar- galos na cadeia produtiva e isso acaba impactando na disponibilidade e preços dos produtos ofertados”, analisa Basso, da Eastman. Para Gerson Zirondi, coordenador de laboratório da linha de negócios Coating Additives da Evonik, o setor de tintas como um todo e o segmento de agentes coalescentes ainda sentem os impacta- dos da crise econômica decorrente da pandemia mundial. “Mas a retomada dos negócios tem sido gradual e aposta- mos no potencial de crescimento deste segmento devido aos benefícios que os agentes coalescentes agregam aos diversos tipos de formulações. Impor- tante ressaltar que a Evonik não tem tido dificuldades recentes em fornecer seus agentes coalescentes ao mercado brasileiro. Desde o início da pandemia, a empresa temadotado diversos procedi- mentos para preservar a saúde e garantir a segurança de seus colaboradores e, ao mesmo tempo, manter o comprometi- mento com seus clientes. Além de man- ter-se próxima dos parceiros comerciais com o objetivo de entender e atender as demandas atuais, a Evonik mantém uma comunicação transparente e ágil paraminimizar possíveis interrupções ou qualquer adversidade de abastecimento ou serviço.” No caso dos aditivos para tintas e re- vestimentos, a Evonik trabalha com a IMCD no Brasil para garantir que juntos mantenham um estoque de segurança suficiente, afirma Zirondi. “Assim no momento da retomada pós-pandemia, os clientes produtores de tintas te- nham este apoio, garantindo que não sejam impactados financeiramente ou impedidos de colocar um produto no mercado por falta de um componente da formulação importante, como é o caso dos aditivos.” Para André Rosa, diretor comercial da Polystell, o primeiro semestre temmos- trado ligeiro aquecimento apontando para uma retomada mais acentuada no segundo semestre. “Notamos dificulda- de de fornecimento demoléculas impor- tadas ao mercado brasileiro devido aos problemas de importação, reflexo do Covid-19, contudo a Polystell conseguiu reforçar seu fornecimento devido a pro- Marcos Aurelio Basso, gerente de desenvolvimento de produtos e mercados para América Latina da Eastman Gerson Zirondi, coordenador de laboratório da linha de negócios Coating Additives da Evonik

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