Revista Paint & Pintura - Edição 266

COLORIMETRIA 72 | PAINT&PINTURA de venda é a cor que vai comprar e, no momento, temos limitadas ferramentas para servir esse cliente.” O segmento de colorimetria tem apre- sentado um contínuo crescimento ano após ano, bem como a adoção de novas tecnologias por parte dos clientes que estão cada vezmais ávidos por soluções que permitam reduzir custos de desen- volvimento e aumentar a flexibilidade no atendimento ao cliente. “A colorimetria tem evoluído muito rápido no quesito tecnologia e já começamos a compa- rar essa velocidade de evolução com a velocidade de desenvolvimento dos aparelhos de televisão. A cada dia novos tipos de sensores, com maior precisão, menor dimensão e custo, vem surgindo no mercado commaior frequência. Isso com certeza nos ajuda a popularizar a colorimetria nos mais diversos nichos de mercado”, declara Ricardo Lovetro, diretor de vendas para América Latina da Datacolor. Como novidade e tendência no setor de tintas, a Datacolor está agora al- cançando os lojistas com colorímetros e até espectrofotômetro que permite formular qualquer cor no ponto de venda, revela Lovetro. “Imagine seu cliente chegar com um cachorro na loja, ler com um espectrofotômetro portátil a cor do cachorro e sair da loja com a tinta da mesma cor para pintar uma parede de casa. Isso, hoje, já é possível com um custo de menos de R$ 10 mil. Além disso, outra tendência é a integra- ção entre sistemas e a informação na nuvem, que permite uma comunicação instantânea entre desenvolvimento/ laboratório com os departamentos de marketing, logística, vendas e lojas de tintas. As informações de novas cores, tendências de cor, consumos nas mãos e de maneira on-line.” Alexandre Zerbatto, gerente comercial da X-Rite, acredita que se entender a colorimetria como o estudo do uso das cores, sua valorização dentro da indústria passa também pelo processo de profissionalização das linhas de pro- dução. “Ou seja, não basta se ter uma cor, é preciso ter uma cor exata, que se mantenha pelo tempo estabelecido e necessário para o produto, que seja fiel às expectativas dos clientes. Acredito, sim, que no Brasil esse processo segue de vento em popa por dois motivos: primeiro, o mercado consumidor está mais exigente; segundo, as empresas estão conscientes de que a qualidade passa pela cor e pela fidelidade dessas cores, sobretudo, emsegmentos emque elas são críticas. As novas tecnologias e a digitalização das medições e dos pro- cessos de padronização têm facilitado muito a adoção de parâmetros confiá- veis na indústria, uma vez que reduzem custos e permitem assertividade.” Zerbatto ainda destaca que, como sua empresa é detentora damarca Pantone, muitos clientes os procuram para falar de tendências. “Nos últimos anos, tem se falado muito em padrões de cores digitais. Isto é, um cliente tem uma cor a ser desenvolvida em um determinado lugar do Brasil e precisa comunicar aquela cor pra ser desenvolvida em um laboratório que está a 2 mil km de distância. Imagine que ter precisão e velocidade são cruciais para que aquele cliente seja atendido. Imagine que essa cor precisa ser capturada exatamente do jeito que ela é, independentemente do substrato, e esse ‘novo padrão’ de cor precisa fluir digitalmente até o local de desenvolvimento, pois é essa a ten- dência: capturar e comunicar cores digi- talmente comprecisão e independente- mente do substrato. É nesse quesito que podemos oferecer soluções conectadas de colorímetros, espectrofotômetros, softwares de formulação de cores na nuvem - todos conectados para entregar essa demanda.” Na visão de Antonio Francisco, diretor técnico comercial da T&M Instruments, o mercado de colorimetria no Brasil tem muito a evoluir com a implementação de novos segmentos. “Mas podemos destacar que as últimas tendências deste mercado sãoespectrofotômetros /medi- Ricardo Lovetro, diretor de vendas para América Latina da Datacolor Datacolor

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