Revista Paint & Pintura - Edição 267

MONÔMEROS 52 | PAINT&PINTURA Por meio do desenvolvimento de solu- ções em Building Blocks, a Oxiteno bus- ca viabilizar a reformulação de sistemas de pintura comalta demanda de energia ou longos tempos de secagem, caracte- rísticas de aplicação muito comuns no segmento de tintas industriais, destaca Jaqueline. “Umdos grandes desafios do formulador de tintas é reduzir o ciclo de trabalho e a demanda de energia em sis- temas de pintura complexos (como por exemplo, sistemas multicamadas, com condições de secagem e cura específi- cas), facilitando e acelerando processos de aplicação, garantindo a performance da aplicação final. Para isso, o portfólio de Building Blocks da Oxiteno (polióis al- coxilados) cumpre umpapel importante, atuando na composição dematrizes po- liméricas, para garantir alta performance às formulações bem como otimizar os distintos sistemas de pinturas.” Enfim, o mercado de monômeros é bastante crescente e de grande inte- resse para a indústria petroquímica, afirma Marcelo Natal, diretor comercial do negócio de estirênicos da Unigel. “Monitoramos combastante interesse a demanda por diversos monômeros acrí- licos que ainda não possuem produção local e que são usualmente importados de fornecedores na Ásia. Vale ressaltar que estamos recebendo muitas deman- das ligadas à sustentabilidade ao longo da cadeia produtiva dos monômeros.” PERSPECTIVAS DO SETOR Assim como diversos segmentos da indústria química, o mercado de monô- meros foi marcado no último ano por demandamais aquecida, escassez global de produto e desafios logísticos como atrasos e escassez de equipamentos. “Mesmo tendo enfrentado diversos desafios, como o aumento dos custos, indisponibilidade de matérias-primas e incerteza logística, tivemos sucesso em manter nosso compromisso comnossos clientes e o mercado local abastecido, graças ao ótimo trabalho das diversas equipes, desde a produção, supply chain e vendas. Para 2022, os desafios devem continuar e as perspectivas para a demanda devem seguir favoráveis devido ao relaxamento nas restrições da pandemia”, prevê Blanco, da BASF, acrescentando que após um período de crescimento mais baixo, o crescimento observado no último ano é, semdúvidas, um sinal positivo para o mercado. “Em- bora ainda tenhamos que ver se vai se sustentar no futuro, uma vez que o ce- nário econômico ainda tem fragilidades. A pandemia, com todos os desafios tra- zidos para as cadeias de valor, mostrou a importância e o papel das produções nacionais para a estabilidade e seguran- ça de abastecimento. Outro fato impor- tante para o mercado de monômeros é a tendência de requisitos de qualidade cada vez mais rígidos nas tintas, o que leva os produtores a experimentarem com novas formulações e aumentarem o interesse por monômeros que tragam maior desempenho.” Blanco ainda ressalta que assim como grande parte da indústria no mundo, o setor de monômeros também sofreu com os diversos desafios trazidos pela pandemia, como volatilidade no consu- mo e problemas logísticos. “Paramanter umalto nível de confiabilidade na entre- ga, contamos com toda a criatividade e atenção constante de todo o time de Petroquímicos e áreas de suporte da BASF, ajustando os planos quase que diariamente conforme o cenário se alte- rava. Osmonômeros são emsuamaioria commodities químicas, o que significa que os preços acompanhamde perto as tendências globais e dematérias-primas, e por isso sofrerambastante volatilidade no período.” Para a Evonik, o desempenho domerca- do foi positivo, acompanhando a reto- mada gradual da atividade econômica, incluindo o aquecimento da demanda interna de produtos químicos em geral, conta Márcia. “As expectativas para 2022 também são positivas, baseadas em uma recuperação mais consistente da economia como um todo. Na Evonik, seguimos apostando em inovação e vi- são de longo prazo, pois acreditamos no potencial do negócio de tintas no Brasil e região. Vale ressaltar que apesar dos desafios impostos pela pandemia mun- Pedro Blanco, gerente de monômeros acrílicos para América do Sul da BASF Márcia Neves Silva, gerente de negócios da linha de Metacrilatos da Evonik

RkJQdWJsaXNoZXIy MTY1MzM=