Revista Paint & Pintura - Edição 267

EVENTOS PAINT&PINTURA | 61 3º DIA - 21 DE OUTUBRO Com a participação virtual de mais de 330 pessoas, o 6º Seminário Abiquim de Tecnologia e Inovação teve sua terceira sessão realizada no dia 21 de outubro. Os painéis trataram das iniciativas da indústria química na direção à economia circular e das contribuições do setor aos Objetivos deDesenvolvimentoSustentá- vel, estabelecidos pela ONU. Para Christoph Gahn, vice-presidente de Circularidade e Sustentabilidade de matérias-primas petroquímicas da BASF, a reciclagem química, chave para a economia circular, tem desafios no campo da regulação e da tecnologia. Ele citou a pirólise para a reciclagemquímica comoumadas tecnologias jáproduzindo resultados na Europa. “A pirólise está funcionando bem para embalagens. Temos desafios quanto ao grau de pureza. As características regionais do que hoje chamamos resíduos indicam que veremos muitos projetos regionais de reciclagemquímica, com tecnologias diferentes”, declarou. Opainel sobreODSs teve uma apresenta- ção de Ulisses Sabará, presidente da Quí- mica Sabará, em que ele falou sobretudo da importânciadocomprometimentodos acionistas com a busca pelas melhores práticas sócio-ambientais. “Eufiquei fasci- nado pelo tema das mudanças climáticas emuma conferência que pude assistir em Genebra. A partir dali, trouxe essa cultura para a empresa e começamos a trabalhar focados nas oportunidades ligadas ao desenvolvimento sustentável. Nossa criatividade faz com que encontremos bons negócios ligados aos ODSs e nossos colaboradores têm prazer em trabalhar em uma empresa na qual percebem tão claramente esse propósito.” 4º DIA - 28 DE OUTUBRO O quarto e último dia do 6º Seminário Abiquim de Tecnologia e Inovação foi No segundo painel, para o debate so- bre políticas públicas para inovação e sustentabilidade, participaram Edson Silveira Sobrinho, subsecretário de regulação e mercado da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (SEPEC/ME); Francisco Silveira dos Santos, coordenador de instrumentos de apoio à pesquisa, de- senvolvimento e inovação do Ministé- rio de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI); o deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB/SP), coordenador de meio ambiente da Frente Parlamentar da Química (FPQuímica); e Idenilza Miranda, coordenadora da diretoria de inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). “O Seminário Abiquim de Tecnologia e Inovação é um evento singular, pois pudemos reunir não apenas o setor pri- vado, mas o setor público, a academia e profissionais de diversas áreas em torno de temas extremamente relevan- tes”, afirmou Ciro Marino, presidente- -executivo da Abiquim. “O Brasil tem uma série de vantagens competitivas em relação aos outros países no que tange às matérias-primas em geral, quer seja óleo, gás, minérios e água. O País poderia colocar nossa indústria que hoje está na 6º posição mundial para a 4ª posição. Isso significaria basicamente dobrar a indústria química, numprojeto de 20 a 30 anos. É um desafio factível, mas isso não se fará sem cuidar domeio ambiente, das questões de sustentabi- lidade, um bommodelo de governança por trás de todos esses processos e, principalmente, inovação. A indústria química temmuito a contribuir para que as demais cadeias produtivas usufruam desses benefícios de inovações. Sere- mos parceiros, seguramente, de todos os demais segmentos industriais”, finalizou Marino. Ciro Marino, presidente executivo da Abiquim dividido em dois painéis. No primeiro, Jorge Soto, coordenador da Task Force de Advocacy do Grupo de Liderança em Energia e Clima do Conselho Inter- nacional das Associações de Química (ICCA) e diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem, falou sobre ‘A química como solução para a mitigação das mudanças climáticas’. Soto apresentou o estudo ‘Enabling the Future’, feito pelo ICCA, que avaliou em torno de mil soluções já adotadas ou em desenvolvimento pela indústria química global para a questão das mu- danças climáticas. O estudo apresenta em detalhes 17 grupos de soluções que juntas têm o potencial de redução de 5 a 10 GT de CO2 até 2050, o que equivale de quatro a cinco vezes as emissões brasileiras. Como integrantes da mesa redonda do painel, estiveram Eduardo Bastos, head de sustentabilidade da Bayer Crop Science; Tiago Acedo, ge- rente de marketing Ruminantes para América Latina, DSM; e Nei Arruda, líder de sustentabilidade em nutrição animal da Evonik.

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