Revista Paint & Pintura - Edição 271

COLORIMETRIA 42 | PAINT&PINTURA desejada, informa Lovetro, daDatacolor. “Já a ausência do sistema de colorime- tria pode acarretar na perda de market share, desperdício de matéria-prima e prejuízos comdevoluções de produtos.” Desenvolver e controlar cores sem um instrumento de colorimetria é absoluta- mente subjetivo e o mercado brasileiro já passou dessa fase, conta Storel, do Grupo MAST. “Hoje, é imprescindível o uso de espectros para essas operações, pois normas baseadas nos espectros de- terminam parâmetros de colorimetria. O profissional de colorimetria faz uso dos espectros para dar nível de exce- lência à sua performance e evitar que as variáveis no entorno levema erros de julgamento. Um lote de matéria-prima ou de tinta aprovado fora das espe- cificações será sempre um problema para o fabricante. Com o aparecimento de novos tons de cor no mercado e o consumidor cada vez mais exigente, as empresas responsáveis pelo setor de cor estão buscando novos caminhos para este controle e disponibilizando ao seu cliente final. Se houver ausência de tecnologia para o controle colorimétrico neste setor, automaticamente haverá insegurança por parte do consumidor, pois o cliente já acostumou em ver nas lojas a eficiência de equipamentos de medição de cores sendo reproduzidas com cerca de 97% de acerto, seja com o leque de cores decorativo, ou na cor da tinta usada na repintura do seu carro trazendo uma aparência de que não houve reparo na peça pintada. Temos várias consultas por equipamentos que são verdadeiros leques digitais de cores para consulta e as empresas que ainda não possuem esta tecnologia estão sendo cobradas para tê-las disponíveis ao mercado.” Storel ainda faz um alerta ao mercado. “Se decidir investir, invista em equipa- mentos de primeira linha, de reputação reconhecida. Não desperdice dinheiro em equipamentos de segunda linha, o barato hoje, sai caro amanhã. O cliente não terá suporte técnico, serviço quali- ficado e o pior, em pouco tempo, terá que fazer um novo investimento em um equipamento de qualidade. Temos visto, nos fóruns da Paint & Pintura, muitos executivos da indústria clamar ao mercado que reconheçam o valor agre- gado e tecnologia dos seus produtos, que não comprem preço. Acredito que posso dizer o mesmo aos executivos da indústria, que tomemdecisões de inves- timento levando essa mesma premissa em consideração.” Enfim, é importante ressaltar que quem trabalha com cor busca sempre a padronização da cor. Com isso, a Colo- rimetria possui um papel fundamental no processo de formulação para atingir a cor correta, afirma Zerbatto, da X-Rite Pantone Brasil. “Ao pensar em tinta, automaticamente lembramos da padro- nização do processo das indústrias e, dessa forma, é possível imaginar os pre- juízos que podemsurgir para fabricantes e fornecedores caso haja diferenças nas cores. Nossa ferramenta demensuração auxilia e facilita o trabalho da pessoa res- ponsável por formular tintas dentro da cadeia de produção, e assim, é possível aumentar a assertividade e produção, diminuindo consideravelmente os preju- ízos, desperdícios e tempo. Se pequenas empresas de tintas usarem, por exem- plo, a nossa solução Color iControl para ter uma ampla base de cores, o processo de qualidade e controle de cor será mais rigoroso, já que ele é um software analítico criado para formulação e QC. Dessa forma, semo uso de uma solução de formulação e controle de qualidade, a tinta entregue ao cliente estará fora do padrão, causando assim, insatisfação, retrabalho, desperdício de material e perda de dinheiro e tempo.” Zerbatto ainda destaca que, ao pensar no processo de cor e tinta das indús- trias, o foco é ter a maior assertividade possível, já que isso é capaz de diminuir retrabalho e tempo, evitando erros e desperdícios. “Óbvio que o setor lida com descartes, e quanto mais material é inutilizado, maior é o tempo gasto com algo improdutivo, sem contar outros fatores, como água, energia e outros pontos para realizar o processo da fábrica. Por isso, utilizar processos digitalizados é uma maneira de minimi- zar a necessidade de impressões e, com isso, não ter desperdício de material na hora de verificar as cores na tentativa de manter um padrão. Um processo de controle de cor digital é uma tendência crescente já que traz mais velocidade ao processo. Na X-Rite, damos atenção especial e focamos bastante em inova- ções e desenvolvimentos nesse campo.” MarcoStorel, diretor-presidentedoGrupoMAST

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