Revista Paint & Pintura - Edição 273

SÍLICAS 82 | PAINT&PINTURA Priscila Pimentel Amaral, gerente de ven- das - Paints&Coatings da Imerys Perfor- mance Minerals Americas, destaca que a demanda global por minerais temcres- cido e por esta razão pressionado toda a cadeia produtiva. “Uma parte de nossos produtos base sílica são produzidos no Chile, México, Espanha e Estados Unidos como as diatomitas e perlitas, sendo afetados diretamente pelo aumento do valor do frete e, consequentemente no preço do produto. Como temos fábricas localizadas no Brasil conseguimos aten- der em várias aplicações com produtos locais, como a linha Itazil.” Geralmente, as sílicas são utilizadas para correção de brilho angular (sheen 85º), suavidade ao toque em películas de aplicação industrial ou ainda para conferir alguma resistência mecânica, acrescenta Priscila, “Nossa percepção é demercado crescente na utilização de sílicas amorfas em função das caracterís- ticas conferidas, alinhadas às tendências deprodutos comacabamento foscoe de maior resistência.” DESAFIOS Dificuldades, como a falta de matérias- -primas, elevação dos preços dos pro- dutos, valor elevado dos fretes, entre outros problemas, tem afetado o setor de Sílicas. “Todos os pontos citados estão impactando fortemente as sílicas pirogênicas que produzimos e comer- cializamos. Como 100% do produto é fabricado fora da América do Sul, hoje o principal desafio tem sido a questão logística mundial onde inúmeros em- barques dos Estados Unidos, Europa e Ásia para o Brasil temsofrido frequentes atrasos causando problema de desa- bastecimentos pontuais por conta da chegada tardia de embarques. Aliado a isto, o custo deste transporte tem subi- do fortemente e hoje já representa 3 à 4 vezes mais que valores históricos antes da pandemia do Covid-19, causando infelizmente um impacto negativo no preço final das sílicas para os clientes”, informa Carmello, da Cabot. Outra questão que também tem preo- cupado bastante é o forte aumento das matérias-primas utilizadas na fabricação das sílicas pirogênicas, alerta Carmello. “Já no final do ano passado apresenta- ram uma alta expressiva, nunca antes vista na história, e que em 2022 segue com grande tendência de elevação.” As sílicas em geral têm um grande de- safio logístico, segundo Lucas Santos, gerente de novos negócios da SQQuími- ca. “Devido ao grande volume ocupado no container, elas requerem um tempo maior de embarque. Neste momento, estamos com baixa disponibilidade de containers vindos da Ásia, que faz com que atuemos em ‘parceria junto ao clien- te’, comfoco no planejamento estratégi- co para garantir preços competitivos e o correto atendimentodas programações. Com esta estratégia temos conseguido captar novas oportunidades e atender as necessidades de clientes novos e atuais para alavancar nossas vendas de sílicas. É notável que o maior desafio hoje é conseguir a garantia de entrega e preço competitivo na data desejada e, por esses fatores, temos grande ex- pectativa no crescimento e fidelização dos clientes.” Santos, da SQ Química, ainda conta que o ano de 2022 ficoumarcado coma falta de matérias-primas básicas para produ- çãode coatings, isto se deve a problemas relacionados àCovid-19e, principalmente questões ambientais. “Tudo isto temge- rado problemas e controles mais rígidos na produção de silicones (bases para produção de sílicas e outras matérias- -primas importantes). Aliado a todos os fatores, o impacto da guerra na Ucrânia traz ainda mais instabilidade e incerte- zas para o mercado. Neste momento, o grande desafio está no embarque de materiais asiáticos, pois desde 28 de março enfrentamos dificuldades com o fechamento do principal porto respon- sável pelasmovimentações de containers do mundo, o porto de Shanghai devido ao retorno das restrições por conta- minações da Covid. A SQ Química tem agido estrategicamente junto a clientes e fornecedores para minimizar os danos e atender nossos clientes.” Para Gerson Zirondi, coordenador de laboratório da linha Coating Additives da Evonik, desde o início da pandemia, Gerson Zirondi, coordenador de laboratório da linha Coating Additives da Evonik Regina Kawai, gerente de negócios da linha Coating Additives da Evonik

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