Revista Paint & Pintura - Edição 276

ARTIGO 6 | PAINT&PINTURA Washington Yamaga, da Rácz, Yamaga & Associates Francisco Rácz, da Rácz, Yamaga & Associates Nos recentes Fóruns da Paint & Pintura, os participan- tes abordaram de forma abrangente as mudanças na economia global, os eventos geopolíticos, os incidentes climáticos e os suprimentos dematérias-primas, mas prin- cipalmente a sustentação futura dos negócios emtintas. A pergunta clara que fica é se o momento traz uma ameaça de um retrocesso ou uma oportunidade saudável para a indústria de tintas na América do Sul ganhar uma estatura maior no contexto global? Mais de 75% dos insumos em tintas são importados ou dependentes de importação. Desta forma, importamos também os riscos e as volatilidades globais na forma de inflação ou indisponibilidades. A Ásia representa 54% do mercado global de tintas e a China cerca de 18%. Não se pode ignorar sua influência na cadeia de suprimentos global. Estas fontes se tornaram mais competitivas por serem mais eficientes, mas terão que desenvolver a capacidade de se integrar em escala em regiões como a América do Sul, através de serviços consistentes e abastecimentos diversificados. Em tintas e suas matérias-primas, a Ásia se tornou referência de solução de curto e longo prazos. A sequência deste desarranjo global não orquestrado, pode trazer para a indústria de tintas e na América do Sul dois resultados não desejados: crescimento mais lento e atrasos no desenvolvimento. Diante de incertezas e volatilidades de vários tipos, grandes ou pequenas empresas precisamdemedidas defensivas de curtoprazo e resiliência para o longo prazo. CRESCIMENTOS LENTOS NOS PRÓXIMOS ANOS Os crescimentosmoderados por períodos prolongados, emmuitos mercados, trazem impacto sobre os segmentos chaves de cada indústria de tintas, assim como nos seus mercados estratégicos regionais. Os impactos da inflação persistente, com certeza, irão além dos materiais, mas envolverão a mão de obra e recursos financeiros. Refletindo a evolução da economia global, o mercado de tintas na América do Sul crescerá a níveis próximos a uma média de 3% nos pró- ximos anos, com países como Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai eUruguai comcrescimento aci- ma damédia, mas emmercados maiores, como Argentina e Brasil, com crescimentos inferiores à média. O momento não é de “paralisis for analisys”, mas de ações proativas e concretas para que os drivers do futuro não impactem o presente dos negócios. SUSTENTABILIDADE E A COMPETITIVIDADE Na última década, o maior acesso ao conhe- cimento alterou profundamente a oferta de Por Francisco Rácz e Washington Yamaga, sócios- fundadores da Rácz, Yamaga & Associates TINTAS: REFORMULANDO A PROPOSTA DE VALOR

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