Revista Paint & Pintura - Edição 278

MONÔMEROS 48 | PAINT&PINTURA mitindo a versatilidade e customização, adequando os polímeros para as mais distintas aplicações e endereçando os desafios do setor.” Com base nesses pontos, pode-se dizer que os monômeros trazem fun- cionalidade à resina, e a característica multifuncional está direcionada à escolha desses monômeros. “São eles que darão origem ao polímero multifuncional, podendo conferir pro- priedades adicionais, como purificação do ar interno, entre outros. Outro fator que corrobora está relacionado à origem deste monômero. A Dow está trabalhando commonômeros de fonte renovável, trazendo circularidade para o mercado de tintas e dando origem às resinas/binders bio-based, ou seja, en- trega performance e sustentabilidade com um único produto, além de trazer proteção e cor, funções básicas de uma pintura”, informa Claudia. Para Pereira, da Oxiteno, sem dúvidas, os monômeros são produtos multi- funcionais. “A composição da matriz polimérica de um revestimento é alta- mente responsável pelos atributos finais daquele produto, ou seja, muito da per- formance e da funcionalidade de uma tinta ou revestimento se deve à escolha e aplicação correta de monômeros e Building Blocks em geral. A nossa linha Ultratint, por exemplo, consiste em polióis multifuncionais que podem ser utilizadas tanto como intermediário de síntese em resinas, quanto diretamente na formulação das tintas bicomponen- tes, ajustando propriedades como du- reza, flexibilidade, resistência química e adesão. São materiais de fácil manuseio e utilização por serem líquidos viscosos e apresentarem solubilidade tanto em água quanto em solventes orgânicos, permitindo ao formulador utilizá-los em qualquer etapa de processos de polime- rização ou preparação de tintas.” INVESTIMENTOS Para continuar inovando e trazendo novidades, e acima de tudo atender as necessidades do setor, as empresas investememseus processos produtivos, tecnologia e em muitas outras ações. A Dow, por exemplo, investe constante- mente em suas fábricas para garantir processos com tecnologia de ponta, de forma eficiente e sustentável. “Re- centemente, anunciamos a expansão de capacidade na nossa fábrica em St. Charles, no estado de Louisiana, nos EUA, que nos possibilitará produzir 50 mil toneladas adicionais de acrilato de metilo e acrilato de 2-etil-hexilo (2EHA), monômeros relevantes em diversos mercados, como tratamentode água, re- sinas e embalagens. O acrilato demetilo é um componente crítico de uma vasta gama de aplicações, onde estamos ven- do umaumento da procura nomercado, desde o tratamento de água e produtos termoplásticos a tintas, resinas e mate- riais de embalagem. Esse investimento na capacidade de acrilato de metilo irá apoiar melhor os nossos clientes não só na América, mas também a uma escala global”, revela Claudia. Já a BASF pretende investir na melhoria contínua de sua fábrica produtiva nos próximos 10 anos, conta Adriana. “O aporte será destinado à modernização do site e em inovações para aumentar ca- pacidade produtiva. OComplexoAcrílico de Camaçari existe há sete anos e é res- ponsável por produzir ácido acrílico, usa- dona produçãode tintas, revestimentos, produtos de tratamento de água, verni- zes, adesivos e aglomerantes; acrilato de butila, aplicado em resinas, tintas à base de água, revestimento de papel, colas e adesivos, e polímeros superabsorventes (SAP), usados na fabricação de produtos como fraldas descartáveis e produtos de higiene feminina.” Outra empresa que investe continua- mente em novos desenvolvimentos e também no aprimoramento de suas linhas é a Evonik. “Entendemos que a evolução domercado depende de esfor- ços contínuos na melhoria de materiais, processos e desempenho, o que leva ao melhor atendimento das necessida- des do setor. Importante destacar que a Evonik produz mais de 50 tipos de monômeros de metacrilato utilizados em revestimentos, adesivos, compó- sitos e outras aplicações. O portfólio de monômeros de metacrilato inclui metacrilamidas, hidroxiésteres, agentes de reticulação, aminoésteres e ésteres especiais”, destaca Márcia. A Oxiteno também tem o compromisso de pesquisar, desenvolver e trabalhar sempre junto aos clientes para encontrar as alternativas adequadas às formula- ções, e agregar performance e compe- titividade aos produtos que eles levarão ao consumidor final, ressalta Pereira. “Omercado de especialidades químicas para coatings no Brasil tem uma vasta oportunidade de crescimento. Há mui- tos desafios em que as especialidades podem atuar e ajudar os formuladores a evoluírem suas formulações. Um dos grandes desafios é entregar produtos com alta tecnologia e que mantenham a competitividade da formulação. Além disso, sustentabilidade é uma exigên- Fabrício Pereira, gerente de pesquisa & desenvolvimento para coatings da Oxiteno

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