Revista Paint & Pintura - Edição 284

DISPERSÕES PIGMENTÁRIAS O mercado tem buscado nos novos de- senvolvimentos emdispersões pigmen- tárias alta performance, compigmentos de elevada solidez à luz e intemperismo. Além disso, seguindo uma tendência de mercado, utilizar matérias-primas de fontes renováveis, baixa emissão de VOC e sem utilizar aditivos etoxila- dos, informa Jean Brandalero, gerente comercial Dynatech. “Para o mercado de tintas industriais, vale mencionar a grande tendência de migração no uso das dispersões pigmentárias para base água. Apesar dos desafios técnicos na qualidade e nas propriedades físico- -químicas das tintas, a tendência é a busca de soluções mais limpas e susten- táveis. A Dynatech considera o aspecto de sustentabilidade e salubridade dos colaboradores de maior relevância e tem buscado evoluções técnicas.” Milton Yoshio Uehara, application de- velopment manager Americas & Tech- nical Marketing Manager da Heubach, reforça que o setor de preparações vem sendo requisitadopor novas tecnologias abrangendo as novas necessidades de VOC e o banimento de substâncias como APEO (Alquil fenol etoxilado). “Certamente, há uma grande tendência de cada vezmais os fabricantes de tintas limitarem as cores feitas em fábrica e passarem a fazê-las no ponto de venda, impulsionado assim ainda mais o uso de preparações pigmentárias nos sistemas tintométricos.” No setor de tintas industriais à base água, as dispersões pigmentárias já são amplamente dominadas, principalmen- te, pelas empresas que possuem suas filiais na Europa ou Estados Unidos, conta Yoshio. “Podemos dizer que tec- nicamente já se consegue, em grande parte das aplicações, praticamente as mesmas características quando compa- rado aos sistemas base solvente. O que ainda dificulta um pouco a migração para os sistemas base água é o fator econômico e a cultura base solvente que ainda impede o maior crescimento das tintas industriais à base água. Falando de pigmentação, são poucas as diferenças nos pigmentos utilizados, exceto aos pigmentos à base de chumbo, o qual não sãomuito recomendados para sistemas base agua. Portanto, a migração para preparação pigmentária de solvente para agua não seria um complicador, apesar de ainda hoje no Brasil essa demanda ser muito baixa, limitando-se praticamente só ao setor de packaging.” O setor de tintas em geral está deman- dando cada vez mais produtos que se estejam alinhados com práticas ESG e esta é uma tendência que nunca esteve tão forte. “Assim, vemos uma busca muito mais intensa por dispersões de pigmentos que atendam requisitos como a isenção de APEO, livre demetais pesados e focando cada vez mais nas tintas base aquosas. É uma tendência que já existia, mas neste ano veio para ficar e está totalmente alinhada com o que a Sintequímica sempre ofertou ao mercado. Também notamos um Jean Brandalero, gerente comercial Dynatech

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