Revista Paint & Pintura - Edição 290

RESINAS POLIURETÂNICAS PAINT&PINTURA | DEZEMBRO 2023 | 63 PRIORIDADES Em 2020, a Covestro expandiu de forma substancial seu portfólio de resinas para revestimentos sustentáveis com a aquisição dos negócios de Resinas & Materiais Funcionais (RFM) da empresa holandesa DSM, anuncia Ana Paula. “O trabalho agora concentra-se na intro- dução destes produtos ao mercado. O foco da Covestro está em promover produtos circulares, de baixo VOC e alta produtividade. Estamos promo- vendo estas soluções por todo o Brasil e em todos os fóruns da Paint Pintura, mostrando ao mercado brasileiro as tendências globais para revestimentos de alto desempenho nas aplicações arquitetônicas e decorativas, industriais, automotivas, de impressão e tambémna área de adesivos.” A Dowdivulgou, emâmbito global, uma série de investimentos focados na redu- ção de carbono, alinhada à sua agenda de ESG e guiada pela sua ambição emser a companhia de ciências dos materiais mais sustentável, revela Rivera. “O foco dos investimentos pode ser dividido em três pilares: proteção do Clima, com a adoção de fontes renováveis; circula- ridade, por meio da incorporação de insumos de origem renovável ou oriun- dos de resíduos; e fechamento do ciclo. Inovação faz parte dos valores da Dow e, anualmente, realiza investimentos em pesquisa & desenvolvimento, trazendo um diferencial competitivo para a in- dústria e comunidade. Outro destaque é para investimentos relacionados ao aumento de capacidade nos complexos produtivos e à confiabilidade da opera- ção, além de seguirmos buscando por rotas e processos com maior eficiência e segurança. Para 2024, a Dowanunciará investimentos específicos na região. Fiquem ligados!”. Já a Nokxeller pretende ampliar ainda mais seu portfólio para esse segmento, conta Fava. “Estamos nos qualificando para aumentar nossa capacidade de produção visando, principalmente, as exportações, trabalhos que viemos realizando a algum tempo. Somos es- pecialistas nesse tipo de material, com quase 14 anos de vida, e temos sempre condições de atender aos clientes em suas necessidades de PUD’s especiais ou adaptar ao seu processoprodutivo.Mes- mo que esteja em um patamar de custo umpoucomais altoemcomparação com as acrílicas, o uso de um poliuretano no sistema do cliente trará benefícios que justificam o investimento. Essa é uma tendência que acompanha os novos materiais para acabamento que necessi- tam condições especiais de uso e novos materiais que necessitamrecobrimentos diferenciados das tintas, que normal- mente são oferecidas no mercado.” EXPECTATIVAS Apesar das dificuldades globais, este ano tem sido estável, quando comparado ao ano anterior, afirma Ana Paula, da Coves- tro. “A boa notícia é que omercado bra- sileiro se mostra otimista com relação a nossa economia e, para o próximo ano, a expectativa é de crescimento sobre 2023, e quem sabe já voltar aos bons números de antes da pandemia. Impor- tante salientar que o grande desafio é a alta competitividade em um mercado estável, sem tendência momentânea de crescimento. Além disso, a falta de normatizações específicas quanto à produtos de baixo VOC ou de baixa porcentagem de monômeros livres na América Latina implica na demora da troca de produtos maduros por poliu- retanos de alto desempenho”, salienta. Na opinião de Rivera, da Dow, a de- manda por tintas para pisos segue po- sitiva, elevando o consumo de resinas poliuretânicas. “No caso do segmento automotivo, emque são largamente em- pregadas, a demanda estabilizou, mas ainda é inferior aos níveis de consumo pré-pandemia. Há uma demanda maior para o segmento de repintura (refinish) quando comparada com OEM. Por último, para o mercado de aplicações DTM em equipamentos e proteção de superfícies na indústriamoveleira, segue dentro da expectativa para o mercado. Para 2024, espera-se um cenário de- safiador da mesma maneira que 2023, com contração na ordem de 5% à 10%, muito relacionado ao cenário político- -econômico e à crise mundial.” Já na visão de Fava, da Nokxeller, o pri- meiro semestre de 2023 foi bem inferior às suas expectativas, porémfoi bomsufi- ciente paramanter o negócio e projetos. “Houve umamelhora nos preços globais de matérias-primas em função do fim dos problemas da pandemia, fazendo os preços finais recuarem e trazendo melhores condições de preço para os clientes”, conclui. Francisco Fava, diretor técnico da Nokxeller

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