Show do Pintor Profissional - Edição 180

SHOW DO PINTOR • DEZEMBRO 17 19 e salubre por não formar aquelas desagradáveis poças de água, evitando ainda que os funcionários adquiram doenças como pneumonia, gripes e res- friados, principalmente no inverno. Outra vantagem do lixamento a seco é que diminui a probabilidade de oxidação da peça recuperada, evitando a formação de pontos de ferrugem. Dessa forma, não compromete o trabalho realizado e garante a qualidade da pintura. Esse sistema, além de diminuir o tempo gasto no lixamento, permite que a oficina possa atender a mais clientes. O rendimento da lixa é também maior.” TROCA DO PRODUTO Para que a lixa exerça a sua função da maneira indicada, é preciso respeitar a vida útil do produto. Usar lixas velhas pode deixar o trabalho mais demo- rado e comprometer o resultado do acabamento, refletindo diretamente na qualidade final do serviço e produtividade. “Quando utilizamos uma lixa velha podemos ter um baixo nível de produtividade. O profissional fica mais cansado, aumenta o tempo do processo de reparação e, consequentemen- te, o custo, além de poder gerar problemas no processo, tais como riscos de lixa após a pintura, gerando retrabalho”, afirma Rafael Proença, responsável pelo marketing da Mirka Brasil. Uma das maneiras de saber o momento in- dicado da troca é observar como o produto se comporta na superfície. Caso ela esteja deixando a peça “brilhante”, é um sinal de que seu poder de corte já não é mais o suficiente para aquela superfície e deverá ser trocada. Estela Santos Carossini, gerente de produtos da 3M, conta que os sinais para a troca da lixa são fáceis de ser percebidos, entre eles a não remoção de EVITANDO OS ERROS MAIS FREQUENTES O principal problema que pode ocorrer no processo de preparação é o aparecimento de riscos de lixa após a pintura. Listamos os principais motivos que podem ocasionar a patologia: • Uso incorreto dos grãos de lixa, como o refinamento insuficiente dos riscos para reduzir etapas no processo; a não utilização de um con- trole de lixamento adequado (revelador de riscos) entre as etapas de lixamento; • Não utilização dos pratos corretos e interface (quando necessário) no lixamento pneumático roto-orbital; • Utilização inadequada de produtos, como esponjas ou mantas abra- sivas, no lixamento manual de cantos e áreas de desníveis; • Exercer muita pressão, gerando riscos agressivos e de difícil remo- ção; • Utilização de abrasivos não adequados, como os velhos e os usados. • Um outro problema que pode ocorrer é o desplacamento da tinta, devido ao alisamento excessivo do primer, feito com lixas muito finas, normalmente acima do grão 1200. mais material pela lixa, que alisa em vez de cortar; esse é o sinal mais claro, mas há outros sinais que mostram a necessidade da troca. “Alto nível de em- pastamento da lixa, fazendo com que ela não consiga remover mais material da peça a ser lixada; o costado da lixa se rompe, como, por exemplo, criando dobras excessivas, que esbarram em algum canto pontiagudo ou quando a lixa é esquecida em um balde com água por muito tempo.” INCENTIVO ÀS OFICINAS MENORES Em oficinas de funilaria e pintura de pequeno porte, o lixamento na pre- paração da pintura geralmente é realizado com lixa a seco, lixa d’água ou uma mescla desses dois sistemas. A lixa d’água é a tecnologia mais antiga e foi substituída pela lixa a seco. “Já vemos uma substituição das tecnologias de lixamento nas oficinas, mas, para que isso ocorra de maneira mais rápi- da é preciso que as oficinas expandam seu conhecimento sobre os novos produtos e processos, assim como invistam em melhores equipamentos e acessórios”, conta Estela, da 3M. Alguns mitos em relação ao produto podem ser os causadores da resistên- cia. Um deles é que o lixamento a seco não deixa um acabamento como o do lixamento úmido. Proença, da Mirka, esclarece o questionamento: “Atu- almente temos inúmeras tecnologias empregadas em uma lixa que permi- tem um acabamento superior com o lixamento a seco, sem pó, graças ao Abranet Ace, lixa em tela em grão cerâmico com mais de 24 mil furos (disco de 150mm), que permite a melhor solução de lixamento sem pó.” Outros questionamentos frequentes são referentes ao custo, mas é preciso con- siderar todo o processo, principalmente a produtividade e não somente o valor inicial. Outra dúvida frequente é referente ao pó, mas no mercado há opções livres de poeira.

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