Show do Pintor Profissional - Edição 193

SHOW DO PINTOR • MARÇO 2019 6 PISTOLAS DE PINTURA Para o proprietário de uma oficina mecânica, uma das piores situações é ter gastos de material desne- cessários com problemas de granulação de verniz, di- ferença de cor, escorrimento de tinta, alto overspray, tornando a área de pintura insalubre, contaminando o ambiente, inclusive o carro do cliente, deixando-o com um cheiro ruim no momento da entrega. Para as oficinas, o mais interessante é concluir um trabalho bem feito com o menor tempo possível, para que pos- sa receber o pagamento e dar início ao trabalho em outros veículos. Todos os problemas mencionados podem ser ocasio- nados pelo mal funcionamento da pistola de pintura ou escolha errada do equipamento. Para Emil Szabo Junior, especialista técnico da Walcom Brasil, um dos motivos desses equívocos acontecerem é o pensa- mento que as pistolas são iguais, isto é, jogam tinta no carro. “Não temos como comparar uma pistola com 3 meses de garantia versus uma pistola fabricada na Eu- ropa com um ano de garantia. Destaque também para o não conhecimento da diferença dos sistemas de atomização (Convencional/HVLP / LVLP e HTE), con- sumo de ar das pistolas, capacidade do compressor da oficina, o tipo de atomização que as pistolas ofe- recem, quanto ao tamanho de partícula e velocidade no processo de atomização, gerando dificuldades no ajuste do equipamento com o produto a ser aplicado e outras variáveis importantes”, conta o especialista técnico da Walcom Brasil. LIMPEZA ADEQUADA AUXILIA NA VIDA ÚTIL As pistolas mais usadas atualmente são as de alto volume e baixa pressão e as de baixo volume e baixa pressão, conhecidas pelas siglas HVLP (High Volume Low Pressure) e LVLP (Low Volume Low Pressure), respectivamente. Mesmo bem difundida no merca- do, a limpeza do equipamento pode evoluir. Quando realizada de maneira adequada após a utilização do produto, garante ao equipamento longevidade e boas condições. A higienização do equipamento deve ser realizada da seguinte forma: tirar o excesso de pro- duto, seguido da limpeza dos detalhes, capa de ar e todas as demais peças, finalizando com a limpeza do canecão. ECONOMIA SEM RETRABALHO PARA SE OBTER UM RESULTADO PERFEITO NA REPINTURA, AS PISTOLAS SÃO TÃO IMPORTANTES QUANTO A TINTA DE QUALIDADE ERGONOMIA Trabalhar com uma pistola leve previne tendinite, dores no ombro, além de diminuir a queda na produtividade do processo devido à fadiga. Antes de escolher o equipamento, é indicado verificar o peso dele ainda vazio, porque a tinta não é leve e se a pistola também for pesada, o processo de pintura ficará dificultoso e poderá gerar problemas de saúde ao profissional. Diver- sos fabricantes do produto sabem dessa dificuldade e, portanto, estão investindo em pistolas mais leves, a fim de facilitar o trabalho do profissional. A Walcom, por exemplo, disponibiliza equipamento de fibra de carbono, pesando 360 gra- mas. “Para manter o peso reduzido, no projeto da pistola Walcom Carbono, foi colocado um manômetro digital construído em fibra de carbono com engate automático, sendo facilmente removível após a leitura da pressão. Destaque também para o regulador de ar, que possui articulação no encaixe com a mangueira, promovendo a possibilidade de mais movimentos e facilidade de pintar em áreas de difícil acesso. A empunhadura do equipamento foi desenvol- vida em um formato adaptável a qualquer tamanho da mão. Os dedos e a palma da mão se encaixam com perfeição na empunhadura, promovendo relaxamento, retirando toda a tensão durante o processo de aplicação de produto. Muitos pintores perdem a sensibilidade dos de- dos não somente pelo mal posicionamento dos dedos e das mãos na pistola, mas também pelo peso do gatilho”, conta Szabo Ubiratan Peixoto, gerente de vendas da Wimpel, destaca que os diferenciais estão focados no design especial e do uso de materiais mais leves, como o alumínio injetado, que está presente em mais de 70% dos modelos da empresa. PRIMER MERECE CUIDADOS Um hábito comum nas oficinas, mas que pode gerar grande prejuízo é tentar aproveitar uma pistola que já não está mais em perfeito estado para a pintura do primer. Não utilizar a pistola no processo correto. Não é indicado pegar pistolas da pintura em estado terminal e colocar para primer. A preparação é a etapa fundamental para evitar problemas futuros na pintura, mas infelizmente é a área menos valorizada, com menor investimento na oficina. Peixoto da

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