Show do Pintor Profissional - Edição 196

SHOW DO PINTOR • JUNHO 2019 22 AIRLESS Produtividade é uma busca constante no mercado de trabalho e, para o profissional autônomo como o pintor, o gerenciamento de tempo tem uma relevância ainda maior. Quanto mais dias você ficar desnecessariamente em uma obra, o lucro é reduzido e isso se dá devido também aos gastos com combustível, alimentação e ajudante. O mercado de tintas enxerga essa demanda e a produtividade é um alvo de investimento e pesquisas. Um exemplo são as máquinas de pintura airless, que permitem praticidade, redução de mão de obra e prazo de execução menor. Nos últimos cinco anos, o profissional autônomo tem mostrado maior interesse nesse tipo de tecnologia, devido à facilidade que oferece ao profissional, ao retorno do custo empregado e, também, pelas opções de compra cujos itens têm se tornado mais acessíveis ao longo do tempo. O equipamento é comercializado há anos no Brasil, existem fabricantes nacionais e grandes empresas internacionais, sendo grande o potencial de crescimento. Uma das barreiras em adquirir o equipamento é o investimen- to, mas antes de olhar somente o valor da máquina, é indicado calcular a performance. O trabalho com a máquina pode ser aproximadamente cinco vezes mais rápido que a pintura tradicional com rolo, pintando até 1.000 m² por dia. “Ao considerar a redução no tempo de serviço, o profissional precisa avaliar também quantos trabalhos a mais é possível realizar ao lon- go de um mês, por exemplo, o que faz valer a pena o investimento inicial para a pintura mecanizada com a máquina airless”, conta Patricia Caroline Bahr, analista de marketing da Vonder. INVESTIMENTO O custo dos equipamentos de pintura mecanizados varia de acordo com o modelo e fabri- cante, sendo indicada a escolha a partir do tipo e do tamanho da obra que se vai trabalhar. Isso inclui desde os equipa- mentos que fazem a pintura propriamente, até os equipa- mentos utilizados para lixar, misturar a tinta ou argamassa e que auxiliam na secagem das superfícies. Antes de avaliar se o investimento é alto, é indica- do ao pintor efetuar o cálculo, levando em consideração o tempo de mão de obra diária, o que acaba interferindo direta- mente nos custos operacionais. Vanessa Cunha, responsável pela comunicação da Wagner Equipamentos, observa que essa diminuição do tempo de mão de obra e dos demais cus- tos podem aumentar os lucros AGILIDADE NA OBRA EQUIPAMENTO OFERECE PRODUTIVIDADE E PROFISSIONALISMO QUE O PINTOR PROCURA em bom percentual, sendo pago em pouco tempo de uso. “Vemos com fre- quência o airless sendo pago, inclusive, já na primeira obra. A pintura com equipamentos mecanizados pode diminuir consideravelmente o tempo de mão de obra empregado, uma vez que traz maior produtividade e qualida- de de acabamento, o que permite realizar um número maior de serviços durante um determinado período.” EMPAPELAMENTO A parte do empapelamento, embora seja um pouco trabalhosa, é indispen- sável para que se obtenha os resultados esperados, tanto ao trabalho me- cânico quanto ao com pincel e rolo. Mesmo na pintura manual, não se pode ignorar o mobiliário e a proteção do piso, empapelamento de locais que não devem receber pintura, resultando em ótimo acabamento, eliminando muitas vezes o retrabalho, além de diminuir o tempo de limpeza ao final da obra. Apesar da versatilidade das maquinas de pintura, os acessórios e rolos não são descartados. Quando o imóvel é pequeno e tem muito mobiliário, o rolo e o pincel são extremamente úteis. Estevão Medeiros, gestor de ven- das & novos negócios da Cetec Equipamentos para Pintura, distribuidora da Titan Tool no Brasil, não indica a utilização do equipamento em ambien- tes pequenos e com muitos móveis. “Nós da Cetec não recomendamos a pintura interna em imóveis com essas características. Até mesmo os mais experientes especialistas em Airless do Brasil, optam em classificar como é relativo essa prática de empa- pelamento e, ao dimensionar tempo que será gasto nesta ati- vidade, pensando no tempo em empapelar TV, sofá, rack, mesa, janelas e portas. Se o imóvel es- tiver vazio, não há dúvidas em utilizar o equipamento.” PESQUISE PARA ACERTAR Antes de escolher o equipa- mento ideal, é necessário que o pintor analise qual a melhor opção para o tipo e tamanho de obra que se vai trabalhar, para que se tenha um melhor apro- veitamento do equipamento e, consequentemente, maior lucro. No mercado , é possível encontrar equipamentos tec- nológicos, desde menores para uso doméstico, até maiores e com maior potência para obras de maior abrangência. Um que- sito importante é a área a ser pintada. A máquina airless é indicada , principalmente, para grandes e pequenas áreas e, portanto, demanda um uso

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