Show do Pintor Profissional - Edição 197

SHOW DO PINTOR • JULHO 2019 14 SUSTENTABILIDADE Atuar em um estabelecimento pequeno não é desculpa para não atentar para as questões ambientais. A sustentabilidade, ao contrário do que mui- tos acreditam, não é destinada somente às grandes empresas. Pequenos e médios estabelecimentos podem ter projetos pensando no meio ambiente. E os consumidores buscam empresas responsáveis com questões ambien- tais. Prova disto é que, em 2015, a consultoria PwC realizou um estudo so- bre os países com os maiores números de consumidores preocupados em adquirir produtos e serviços de empresas que atuem em conformidade com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O resultado mostrou o Brasil RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL IMPLEMENTAR PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS GERA BENEFÍCIOS AMBIENTAIS, SOCIAIS E ATÉ FINANCEIROS PARA A OFICINA DESCARTE DE MATERIAL Quando o óleo tem o rejeito incorreto, pode chegar até os rios e mares, poluindo e prejudicando a vida marinha. Com o óleo da oficina não é dife- rente, o material deve ser depositado numa caixa separadora, que retira a água dos resíduos. Já o piso é indicada impermeabilização e drenagem. Quando lavado, deve ser direcionada para a caixa separadora. Para auxi- liar nas questões ambientais, a WEG Tintas fornece aos seus clientes um manual de descarte que pode ser baixado diretamente no site www.weg. net/descarte-de-tintas. Na publicação estão explicações para três tipos de material de resíduos: Classe I - Perigosos Classe II A - Não perigosos e não inertes Classe II B - Não perigosos e inertes. As embalagens de tinta que foram limpas conforme descrição deste cata- logo e que tenham apenas resíduos de tinta seca (curada) são classifica- das como Tipo II-A (não perigosos e não inertes) e podem ser descartadas como sucata metálica para sucateiros e recicladores, sendo fonte de ge- ração de receita. Embalagens que contenham resíduos em estado líquido (tintas, diluido- res, catalizadores, vernizes, entre outros), são classificadas como Classe I e devem ser destinadas a um aterro industrial, procedimento este com alto custo de disposição final. A disposição inadequada de embalagens contaminadas pode enquadrar a prática nas sanções legais aplicáveis. Resíduo Classe I: resíduo considerado perigoso, por possuir uma das ca- racterísticas abaixo: Periculosidade: risco a saúde pública ou ao meio ambiente; Inflamabilidade: que pode entrar em combustão facilmente; Reatividade: que pode reagir com outra substância, podendo gerar calor ou energia; Corrosividade: que pode atacar materiais ou organismos, devido a sua acidez ou alcalinidade; Toxicidade: que pode causar danos à saúde dos organismos vivos; Patogenicidade: que apresenta características biológicas infecciosas. Observação: entende-se como “material contaminado” todo e qualquer material impregnado com óleo, solventes, resinas, vernizes e produtos químicos; e que devido a essa contaminação se torna um resíduo Classe I. Resíduo Classe II A (Não Inertes): resíduo que não se enquadra na classifi- cação de resíduos Classe I - Perigosos ou de resíduos Classe II B - Inertes. Podem ter propriedades como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. Exemplo: restos de alimentos, areia de fundição, resíduo de borracha e tinta em pó. Resíduo Classe II B (Inertes): resíduo que mesmo em contato com a água altera apenas a aparência, como: plásticos, sucata de metais, entulhos, madeira e papel. como o país com mais consumidores ecologicamente conscientes. Os nú- meros da pesquisa revelam que 95% dos executivos, empresários e público consumidor estão atentos e preocupados com as questões que permeiam a preservação do meio ambiente. A sustentabilidade tem a premissa de um tripé: a empresa precisa ter uma gestão em relação às suas finanças, ao meio ambiente e às pessoas, sejam funcionários ou não. E quando o estabe- lecimento é oficina mecânica, os cuidados precisam ser redobrados, pois as atividades do setor de reparação automotiva envolvem uma série de mate- riais e insumos que, se não forem utilizados e descartados da forma correta, podem poluir o meio ambiente. Fabiana Verbickas, líder de desenvolvimento de produto da Axalta, lembra que, por isso, as oficinas precisam se conscientizar quanto à forma de li- dar com esses diversos elementos, respeitando as legislações locais e até se antecipando a elas. “Assim, quanto maior o grau de conscientização, me- lhor será a capacidade da oficina de se adaptar, resultando em uma atuação

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