Show do Pintor Profissional - Edição 202

SHOW DO PINTOR • DEZEMBRO 2019 16 SISTEMAS BASE ÁGUA A repintura com tintas base água está se desenvolvendo no Brasil. Há diversas oficinas utilizando esse sistema, mas há ainda muito potencial para crescimento. Oficinas que querem se diferenciar no mercado, melhorando sua produtividade, oferecendo melhores condições de trabalho a seus funcionários e utilizando um produto ecologicamente correto, estão procurando por essa tecnologia. A procura por produtos base água está crescendo consideravelmente à medida em que essa tecnologia se torna mais conhecida. Além da produtividade e ga- nho financeiro, a linha é uma opção segura para o meio ambiente e o profissio- nal que a utiliza. É a melhor alternativa para a empresa que busca seguir essa tendência e se preocupa com a comunidade da qual faz parte. Para Ricardo Vettorazzi, gerente técnico do laboratório de repintura automotiva da PPG, muitos proprietários e gestores de oficinas em geral ainda não conhe- cem ou têm poucas informações a respeito do sistema base água. Assim, não sentem confiança para optar por ele. “A melhor maneira de o mercado incen- tivar o uso do sistema é disseminar esse conhecimento, pois ao conhecer os diferenciais dos produtos da linha PPG base água, muitos são atraídos, princi- palmente pelo ganho de produtividade, receita, qualidade e por agredir menos a saúde do profissional de reparação e o meio ambiente”, conta Vettorazzi. Além disso, ao descobrir que a mudança não demanda grande esforço por parte da oficina, a qual pode manter suas atividades normalmente, o estabelecimento sente-se mais seguro no processo de migração. TINTAS BASE ÁGUA AVANÇAM EM OFICINAS BRASILEIRAS DESMISTIFICAÇÃO DO CONCEITO EM RELAÇÃO AOS CUSTOS FAZ ACEITAÇÃO CRESCER NO PAÍS MUDANÇAS NA OFICINA PARA RECEBER O NOVO SISTEMA A procura por produtos base água está cada vez maior, devido à des- mistificação do conceito que se tinha no mercado brasileiro, de que a mudança de solvente para água seria muito grande com relação aos custos dos materiais, bem como a aquisição de muitos equipamentos ou necessidade de grandes mudanças no leiaute das oficinas. Sandro Lemos, gerente de segmento de mercado da AkzoNobel, conta que, na prática, algumas pequenas adaptações (verificação da qualidade da linha de ar e pistola dedicada ao produto base água) e a aquisição de equipamentos secadores do tipo “Venturi” se faz necessária, resultan- do em um investimento pequeno. “É importante salientar que, tanto para base de água como para base de solvente, alguns equipamentos são básicos, porém essenciais para bons resultados, como uma boa cabine de pintura. Os dois principais fatores que ainda inibem a evolução do consumo de tin- ta à base água no país são o desconhecimento da simplicidade do sistema por parte de muitas oficinas e a falta de estrutura adequada das mesmas, principalmente condições de cabine e linhas de ar, conta Lemos. Como resultado, as oficinas com alta demanda de cores podem ganhar em agilidade usando o sistema tintométrico. “Para isso, precisam de um profissional com experiência em preparação e ajuste de cor, para que tenham celeridade na preparação das cores. Fisicamente, é neces- sário um espaço reservado para máquina, balança e computador. O ideal é que exista um espaço reservado, uma sala fechada, para uso da balança de precisão e do computador”, complementa Lemos.

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