Show do Pintor Profissional - Edição 203

SHOW DO PINTOR • JAN/FEV 2020 15 imóvel na fase da construção do que adotar, posteriormente, soluções palia- tivas. Os números comprovam: os custos com impermeabilização previstos em uma obra residencial correspondem a cerca de 1% a 3% do orçamento total, enquanto os gastos da má impermeabilização, ou de sua ausência, podem superar os 10%. O pintor que decide estudar impermeabilização expande as suas oportuni- dades de trabalho e pode ajudar o consumidor para que não tenha um gasto mais alto reparando e, sim, investir prevenindo, mas infelizmente a preven- ção não é o caminho seguido por muitos. Tanto que, por lei, as construtoras são obrigadas a entregar o imóvel impermeabilizado somente na área do box do banheiro. Apesar de a área do lavatório do banheiro e a cozinha es- tarem em contato frequente com água, por lei não há obrigação, deixando o restante do banheiro e a cozinha sem proteção. Sabendo disto, quando o pintor for chamado em um imóvel recém entregue pela construtora, para fazer o orçamento de pintura, ele pode aproveitar a oportunidade e explicar ao proprietário a importância de impermeabilizar e unir o serviço da pintura com a impermeabilização. Existe mercado que oferece boa renumeração, adequada para o profissional especializado. “Vejo que nesta área a indica- ção é forte e a guerra de preço não é tão severa. Quando o cliente fica sa- tisfeito, sempre indica o profissional. A qualidade do serviço vem antes do preço”, conta o professor. CAPACITAÇÃO Uma das maneiras de entrar no mercado de impermeabilização é estudan- do, e o Senai oferece o curso de aperfeiçoamento em impermeabilização de estrutura, que tem por objetivo o desenvolvimento de competências relati- vas à execução e realização de sistemas de impermeabilização para diversos tipos de bases. O interessado deve ter, no mínimo, 18 anos de idade, ter completado ao menos a 4ª série do ensino fundamental e ter experiências anteriores referentes à execução de alvenarias ou revestimentos, adquiri- dos em outros cursos, no trabalho ou em outros meios informais. O curso tem duração de 40 horas semanais e o aluno aprende: planejamento e or- çamento; base; sistemas; técnicas de impermeabilização de obras; aspectos de saúde e segurança do trabalho; aspectos ambientais quanto à destinação de resíduos; boas práticas quanto à conservação do local de trabalho, con- servação de ferramentas e de instrumentos. Ao término do curso, o aluno vai ter conhecimento da impermeabilização da laje até rodapé. Marcelo Obst, trabalha na construção há anos, principalmente na área de impermeabilização e fez este e outros cursos na instituição. Ele enxerga que a capacitação é o primeiro passo para quem deseja entrar na área. Ele também observa que os fabricantes de produtos são grandes aliados dos profissionais. “A maioria das empresas auxilia em soluções complexas. Já precisei entrar em contato com várias e todas prestaram um ótimo serviço de assistência técnica. Se tenho um problema de infiltração e te- nho dúvida, solicito este recurso”, conta Obst. Ele comenta que, no ramo de impermeabilização, é comum escutar que certos problemas não têm solução, mas no decorrer da carreira descobre-se que, com capacitação, tudo é resolvido. “Lembro da restauração de um reservatório que tinha tantas trincas e fissuras que não restava alternativa senão jogar ele fora e adquirir outro. Antes de desistir dele, estudamos para achar uma ma- neira de conseguir recuperar a estrutura, com técnicas de impermeabi- lização, e recuperar o reservatório de maneira estrutural, para que não houvesse rompimentos. Ainda usamos produtos capazes de não alterar a potabilidade da água. Foi um sucesso a impermeabilização e a recupe- ração estrutural do reservatório”. Serviços assim mostram que é possível finalizar o problema de impermeabilização.

RkJQdWJsaXNoZXIy MTY1MzM=