Show do Pintor Profissional - Edição 206

SHOW DO PINTOR • MAIO 2020 25 ARTIGO DE AMADOR A PINTOR PROFISSIONAL, A DIFERENÇA ESTÁ NO GERENCIAMENTO! Por André Nogueira, educador, químico especialista em tintas e pinturas Com mais uma obra finalizada, os pintores ten- dem a receber o saldo que lhes resta. O difícil, agora, é dar o destino correto a esse dinheiro recebido. Fazendo o exercício mental, podemos imaginar que uns 40% vão para despesas obri- gatórias (água, luz, despesas da casa, entre ou- tros). Mais 20% vão para despesas extras, e nos sobram 40% de caixa. E AGORA, O QUE FAZER COM ESSE CAIXA? Pintores em todo o Brasil, vem sofrendo com a falta de habilidade em tratar seu trabalho como um negócio de verdade. Qualquer empresa, por menor que seja, precisa de um caixa. É o dinhei- ro que você deixa na empresa, é o caixa que vai dizer se a sua empresa está com fluxo financeiro saudável ou está falida. Nenhuma empresa con- segue se manter com fluxo de caixa igual a zero. Neste momento de pandemia, muitos pintores estão sentindo na pele essa falta de habilidade, mas nunca é tarde para começar. Não estou aqui de forma alguma dizendo como o pintor deve ou não conduzir os seus recebíveis (dinheiro). Mesmo tendo CNPJ ou não, traba- lhando por conta, o profissional pintor deve en- tender que, por mais que esteja bem financeira- mente hoje, amanhã começará um novo dia, e o ato de empreender requer resiliência, estabili- dade e organização no trato com dinheiro. Fazer aquisições logo na primeira obra é coisa do pas- sado, o pintor de hoje precisa estar mais atento, entender que no decorrer de um ano, ele precisa acumular capital (dinheiro). O capital faz parte da empresa e não do pintor, e que só no final deste um ano, quando ele for apurar os lucros da empresa, retira-se uma parte, deixando a outra, pois como já disse, uma empresa sem capital é uma empresa falida. O pintor precisa evitar endividamentos e ter so- bra para investimentos e aquisições futuras com fluxo de caixa bem organizado. Somente dessa forma alcançará grandes voos, e ver sua peque- na empresa se desenvolver e crescer com passar do tempo. E COMO FAZER ISSO? O pintor não está sozinho nessa empreitada, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) se oferece como parceiro formidável neste aspecto. Com informações va- liosas, além de cursos de gerenciamento, o Se- brae tem como regra ser um agente transforma- dor do modo como se gerencia uma empresa. É papel dele orientar, aconselhar e direcionar para que sua empresa tome corpo, e você precisa sa- ber disso. Portanto, meu amigo pintor, transforme o seu negócio em algo que nem você mesmo poderia imaginar. Viver da pintura, além de ser prazero- so, é altamente lucrativo, basta fazer a coisa cer- ta. Nestes longos anos de educação, tenho visto muitos alunos se desenvolvendo no mercado da pintura, seja ela imobiliária, industrial ou auto- motiva. Alunos que vieram de diversos segmentos e ven- ceram na pintura, do balconista de uma drogaria ao empresário de uma escola de idiomas, hoje eles atendem pela mesma alcunha, pintores pro- fissionais, com muito orgulho, respeito e, princi- palmente, vencedores nessa nova área de negó- cio que escolheram. Desafios é o que não faltam, aliás qual profissão não tem desafios? Vontade, foco e determinação são as palavras de ordem no exercício de quem busca crescimento profissional. Faça um grande agrupamento de competências técnicas, com o domínio da ativi- dade que está exercendo e somando-se ao ge- renciamento do negócio, e no final de um ano veja o resultado! A linha entre um pintor amador para um pintor profissional é bem tênue e está na forma como cada um encara seu negócio. E como você encara no seu negócio? Pense bem e me conte, afinal, trabalhar sem objetivo é o mesmo que sair de carro sem rumo: uma hora o combustível vai acabar e, além de dinheiro, vai faltar vontade para continuar a viagem. Gerencie seu negócio e o faça prosperar!

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