Show do Pintor Profissional - Edição 207

SHOW DO PINTOR • JUNHO 2020 7 com todos esses participantes. Vamos ser mais uma instituição no sistema financeiro, porém independentes, embora tendo que usar o compliance do Banco Central e seguir todas as normas que são regras para atuar nessa área financeira. Tudo isso o nosso Banco vai fazer. Nós, como participantes, vamos ajudar a ter movimento, cliente e negócio, para ajudar a desenvolver cada vez mais o mercado de material de construção. Quem poderá ter acesso aos créditos do Banco Anamaco? E quais serão os critérios exigidos para que as empresas tenham acesso? Para que possamos ganhar escala, o primeiro passo é a loja de material de construção ser associada a uma Acomac local. Na estrutura da Anamaco, temos a Anamaco Nacional, onde tratamos de assuntos com o Governo Fe- deral. Já assuntos internacionais é o segmento como um todo. Mas temos em cada região, que hoje são 42, porém queremos expandir isso, uma Aco- mac que é uma associação de comerciante local que abrange 20 a 30 cida- des. Então, o primeiro passo é ser associado à Acomac. O segundo passo é a loja fazer um contrato mútuo, na participação, com o dinheiro que será utilizado para ajudar todo mundo, dentro dos critérios, conservador na hora de realizar um empréstimo. Por exemplo, uma loja de São Paulo que queira participar do Banco Anamaco, terá que procurar a Acomac São Paulo, que hoje tem como presidente o Hiroshi Shimuta, um dos grandes lojistas do segmento, irá se associar e fazer um contrato mútuo com uma EPC, que ago- ra estamos construindo, que seria uma S/A de capital fechado. Ao mesmo tempo em que esse lojista participará da S/A, também irá fomentar recurso para o Banco. Se esse lojista quiser emprestar R$1.000,00 para o Banco, irá fazer um contrato de empréstimo neste valor e a rentabilidade que esse ne- gócio gerar dentro do sistema, independente da loja, a cada três meses será compartilhado e terá um retorno de 5% à 15% ao mês. É importante lembrar que existe um grupo que tem que se preocupar com a inadimplência, com as boas práticas financeiras. O Banco tem que ser forte, não pode ser um negócio isolado, é muito sério. mos a inadimplência com esse fundo, devolvendo a loja para o lojista. Então, se esse lojista não estiver dentro de um grupo, não consigo fazer isso isola- damente, podendo entrar todo o comércio. Pretendemos expandir depois de formatado e funcionando. Acredito que teremos a participação de diversos segmentos e até indústrias, pois terão interesse em ter um canal para vender com mais facilidade para o lojista. Qual é a expectativa da Anamaco quanto ao número de empresas que essa iniciativa pode ajudar? Todo negócio precisa de dinheiro e é feito para obter um recurso financei- ro. Se você vai ajudar alguém, fazer caridade, sem recurso financeiro não é possível, você pode ajudar com mão de obra, como distribuir cesta básica, mas é preciso comprar a cesta básica. Então, vejo que isso deve ser expo- nencialmente depois de montada a estrutura, mas com essa pausa que tive- mos devido à pandemia, que na verdade o mundo todo parou, prejudicou o andamento, eu tinha duas viagens marcadas para falar diretamente com o dono do Banco e com um advogado que faria para nós a S/A empresa de capital fechado. Cada lojista que tiver participação, no caso a inscrição no Banco, vai sentir a necessidade de indicar mais lojistas, pois cada um conhece dois ou mais lo- jistas, e terá um produto para oferecer. Quero deixar bem claro que isso não será obrigatório, mas o lojista poderá levar isso para o próximo lojista e uma vez inscrito o próximo lojista ou os outros dois lojistas seguirão o mesmo caminho, assim cada um apresentará para mais dois ou três lojistas e isso cria escala. É preciso ter capilaridade, escala e volume. Todo mundo precisa de crédito, inclusive, no atual momento, os lojistas precisam de dinheiro para sobreviver, pois o mercado encolheu, parou e as despesas não param, são iguais. O governo ajuda numa parte, com a liberação de dinheiro, os alu- gueis se tornaram compulsório, mas, hoje, os Bancos têm o risco e receio de colocar esse dinheiro no mercado ou na mão de lojistas. Com muito dinhei- ro em caixa, os Bancos podem esperar para ver o que vai acontecer, se com a retomada melhora, se teremos capacidade de voltar ao que estava, para só assim colocar novamente dinheiro no mercado. Por isso, não adianta os Bancos terem muito dinheiro hoje, pois o lojista não chegou a ter acesso a esse dinheiro. Quando tem uma estrutura que está vinculada ao comércio e ao Banco, o interesse é um só, sabemos que vamos pagar o Banco se tiver dinheiro e o Banco, por sua vez, quer cuidar do dinheiro e não vai arriscar e colocar no comércio, mas se tem tudo isso integrado, todos os participantes tem a responsabilidade de manter a instituição saudável e, dessa forma, funciona. A escala vem a partir disso. “Cada lojista que tiver participação, no caso a inscrição no Banco, vai sentir a necessidade de indicar mais lojistas, pois cada um conhece dois ou mais lojistas, e terá um produto para oferecer.” “Vamos ser mais uma instituição no sistema financeiro, porém independentes, embora tendo que usar o compliance do Banco Central e seguir todas as normas que são regras para atuar nessa área financeira.“ E todo o comércio precisa disso, não é só para o setor de material de cons- trução. Os outros segmentos do comércio poderão participar e terão que seguir a mesma linha. O estabelecimento irá procurar em sua cidade uma associação ou CDL - Câmara de Dirigentes Lojistas - para se associar, pois se uma loja tem problema em pagar, nós montamos com uma facilidade muito maior um núcleo de consultoria, com o Sebrae, professores universitários, e remodelamos e recuperamos a loja, identificamos o problema, descobrimos porque não está pagando e a caminho da falência, e se for o caso, resolve-

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